O coordenador pedagógico da Escola Livre de Teatro, Antônio Rogério Toscano, não saiu satisfeito da reunião com a Prefeitura de Santo André, realizada ontem à tarde. O encontro tratou dos projetos que foram enviados pelo colegiado, conforme pedido do secretário de Cultura, Esporte, Lazer e Turismo, Edson Salvo Melo, para a manutenção da escola, que é referência em todo Brasil. "A comunidade não se satisfaz com o que foi ofertado. Temos urgências maiores para o bom funcionamento da escola", afirma o mestre.

Sem apresentar prazos para as ações, o Executivo havia anunciado anteontem o início da reforma para o Teatro Conchita de Moraes. Segundo a divulgação, a administração municipal prevê, em primeira fase, readequações do telhado e, posteriormente, da eletricidade e do palco. "A Prefeitura disse que existe a intenção de fazer a reforma, mas nada acontece na ordem prática. Essa reforma tem sido, constantemente, adiada", afirma Toscano. O último prazo dado foi outubro. "O mês já está indo embora e a Prefeitura não anunciou outro prazo", completa.

Além da reforma, outras urgências foram enviadas para a Prefeitura e discutidas durante a reunião. Dos R$ 50 mil solicitados para a produção de cinco espetáculos por ano, o Executivo oferece somente R$ 10 mil, a partir de 2012.

O colegiado pede materiais gráficos para a divulgação dos projetos. "Os materiais devem ser oferecidos neste ano. Os pedidos para o ano que vem serão encaminhados para a Secretaria de Comunicação", diz.

Para a semana que vem, o Executivo prometeu respostas para outras solicitações: a retomada da "Mostra Santo André de Teatro Contemporâneo", a retomada da "Publicação Anual da ELT" e o aditamento de 35% do contrato anual da ELT.

Única promessa com prazo determinado é o lançamento do "Livro ELT 20 Anos", que deve ocorrer em 7 de dezembro, durante a tradicional "Mostra de Processos". Conforme solicitação, a Prefeitura também se comprometeu a oferecer material para divulgar o lançamento.