Setecidades Titulo Crime em São Caetano
Pai e filha sofreram tortura por 9 horas
Yago Delbuoni
Especial para o Diário
15/05/2015 | 07:00
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O aposentado Eliseu Polo Paz, 78 anos, e sua filha, a professora de História Carmen Lúcia Polo Paz, 47, foram torturados por nove horas, entre a noite de sexta-feira e a madrugada de sábado, antes de serem mortos na residência onde moravam, no bairro Oswaldo Cruz, em São Caetano. Os corpos foram encontrados na segunda-feira, amarrados, com os rostos cobertos e sinais de pancadas na cabeça.

O comerciante José Lindomar dos Santos, 38, detido na quarta-feira, confessou o crime. O motivo: dívida de aluguel. Paz tinha negócios imobiliários e Santos era seu inquilino.

Em depoimento, o comerciante disse ter comparecido à residência de pai e filha para pedir prazo maior para pagamento do aluguel, mas a solicitação foi negada, o que desencadeou a sessão de tortura.

O titular da Delegacia Sede de São Caetano, José Ribamar Raposo, disse que a filha de Eliseu foi a primeira a ser morta. “José Lindomar entrou na casa às 20h20 de sexta-feira e rendeu o aposentado. Carmen chegou às 22h e ele também a amarrou. Ele matou primeiro a filha, por volta das 4h de sábado, e deixou a residência às 5h, após assassinar Eliseu.”

Segundo Raposo, Santos estava com ódio de Carmen. “Ele disse que ela o humilhava na hora de cobrar o aluguel, com ameaça de despejo e corte de luz.”

Raposo afirmou que a dívida do comerciante era de R$ 6.000. Na semana do crime, ele pagou R$ 3.500. A polícia chegou ao autor dos homicídios por meio de câmeras de bancos onde ele efetuou saques da conta de Carmem após levar a bolsa da vítima. No sábado, ele sacou R$ 1.000 em agência de São Caetano e, no domingo, R$ 1,300 na rodoviária de Santo André.

O comerciante teve a prisão temporária decretada por 30 dias e responderá por homicídio duplamente qualificado seguido de roubo, com agravante de motivo cruel ou torpe.

Santos disse que se arrepende do que fez. “A Carmen me pressionava muito. Tinha mandado cortar a luz por sacanagem.”

Ele era inquilino da família há seis meses. “Pedi, até chorei para esperar até o dia 8 do próximo mês a fim de pagar a dívida que tenho, mas ela não me deu ouvidos.” 




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