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Cartilha orienta sobre diabetes nas escolas

Iniciativa contempla 15 unidades de ensino do País; doença acomete 387 milhões de pessoas

Nelson Donato
Especial para o Diário
07/05/2015 | 07:00
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Nelson Donato/Especial para o Diário


O aumento do número de crianças e adolescentes diabéticos no mundo é alarmante: cerca de 387 milhões de pessoas sofrem do mal atualmente. Pensando nisso, a IDF (Federação Internacional de Diabetes, da sigla em inglês), em parceria com a ADJ (Associação de Diabetes Juvenil) e grupo farmacêutico oferecem projeto denominado Kids (Crianças e Diabetes nas Escolas, na tradução). A iniciativa contempla 15 unidades de ensino do País e tem objetivo de orientar e conscientizar alunos, familiares e educadores para os riscos, formas de prevenção e tratamento da doença.

O Brasil ocupa a quarta colocação no ranking dos países com maior incidência da diabetes, com 11,9 milhões de doentes, atrás apenas da China, Índia e dos Estados Unidos.

O material disponibiliza história em quadrinhos que conta a rotina de garoto que sofre com a doença e leva vida normal ao tomar os cuidados necessários. No pacote, há também descrições sobre os dois tipos existentes da doença – 1 e 2 –, além de dicas para alunos, familiares e educadores.

A nutricionista da ADJ, Fernanda Castelo Branco, afirma que o projeto tem como objetivo atingir todas as crianças. “Mesmo as que não têm diabetes podem ser educadas para seguirem uma alimentação saudável”. Ela explica ainda que os diabéticos precisam de merenda adaptada e, mesmo dentro da escola, seguir os horários de refeição determinados pelo profissional da Saúde que os acompanha. “Os funcionários das unidades precisam entender as necessidades especiais dessas pessoas. A rotina delas é um pouco diferente dos demais estudantes”.

Moradora de São Bernardo, a administradora Viviane Bernardo Polimeno, 37 anos, revela como é o dia a dia do seu filho Vinícius, 8. Ele foi diagnosticado com diabetes do tipo 1 há sete anos. Segundo ela, receber a notícia foi a parte mais difícil. “No momento entramos em desespero, nos revoltamos”, destaca. A mãe acrescenta que é preciso medir a glicemia do filho ao menos sete vezes ao dia. “Fazemos oito aplicações de insulina diárias. Só na escola são feitas duas. A dieta do Vinícius é regrada e suas refeições precisam ser sempre no mesmo horário.”

A administradora reclama da dificuldade para retirar insumos nos postos de Saúde da cidade. “Os funcionários da UBS do Pauliceia recusam-se a fornecer a quantidade de medicamentos prescrita nas receitas. Se são pedidas 250 fitas e 250 lancetes, eles fornecem no máximo 100 de cada. Isso eleva demais nossos gastos”, diz.

A Prefeitura informou que “não há falta de fitas e lancetas para medição de glicemia nas UBSs. O que ocorreu foi a troca de fabricante desses insumos”. A administração alega ainda que a quantidade prescrita na receita médica é rigorosamente cumprida, inclusive para uso por um prazo de 50 dias.

 

 

 




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