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Intercâmbio teatral com Portugal se intensifica
Thiago Mariano
Do Diário do Grande ABC
20/04/2010 | 07:00
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A companhia teatral Dragão7, da são-bernardense Creusa Borges, embarca hoje para Portugal levando "Inês de Castro Até o Fim", peça que será apresentada em oito cidades portuguesas pelo Fazer (Festival Internacional de Teatro).

A peça, que esteve em cartaz até o último domingo, em São Paulo, conta a história da mulher que tornou-se rainha depois de morta, só que com colaboração do livro de Chico Xavier e Caio Ramacciotti, "Mensagens de Inês de Castro".

No livro psicografado, Inês conta detalhes de sua história. Desde a ocasião em que conheceu e apaixonou-se por Pedro I até o seu assassinato, cometido a mando do pai do futuro rei, Afonso IV.

"Sempre fui fascinada por essa história. Sou do tempo em que se dizia: ‘agora Inês é morta'. É uma história de amor verídica, que só encontra correspondente em Romeu e Julieta", conta Creuza, que concebeu e assina a direção do espetáculo.

"Saindo do plano religioso, quis falar do amor que transcende. Não é só o tom crítico que costumam dar à história de Inês, das relações de poder, mas a resistência do amor, presente em personagens como Isabel de Aragão, avó de Pedro, além do casal protagonista."

A primeira apresentação da peça acontece no sábado (24), dia em que Pedro desenterrou Inês e a transformou em rainha.

Os intercâmbios entre Brasil e Portugal acontecem desde 1998. A partir de 2003, em parceria com o MCTA (Movimento Cultural, Teatral e de Artes) de São Caetano, a troca se intensificou. Em julho, aqui no País acontece o 5º Circuito de Teatro Português, que trará quatro companhias lusitanas e mais uma de Angola.

"É fundamental o intercâmbio entre os dois países. É aí que a gente percebe a riqueza da diferença. Eles têm um teatro muito técnico, calcado no estudo da palavra e na transcrição enquanto nós somos mais ação e ritual, um teatro mais sensitivo", opina Creusa Borges.




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