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'Homem-tatu' permanece em
buraco de viaduto de Sto.André
Maíra Sanches
Do Diário do Grande ABC
09/09/2011 | 07:30
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Ele recusou ajuda. Procurado por uma equipe da Secretaria de Inclusão Social da Prefeitura de Santo André, ontem à tarde, o ‘homem-tatu', que tem cerca de 30 anos, preferiu não ser transferido para o abrigo municipal e continua em moradia improvisada debaixo do Viaduto Adib Chammas, no Centro.

A Prefeitura informou que, apesar da negativa, a equipe continuará tentando convencê-lo a deixar o local. Pedestres que utilizam a passagem todos os dias permanecem com medo das abordagens que têm ocorrido pelo menos há quatro meses. Segundo relatos, ele seria o responsável pelos roubos.

A cabana improvisada continua erguida em meio à sujeira, entulho e produtos descartáveis. A equipe do Diário esteve no local duas vezes nesta semana, mas o homem, que em uma das ocasiões estava acompanhado de uma mulher, espantou a visita e não deu abertura para diálogo. Apenas limitou-se a dizer que "moro no céu."

O suspeito usaria o buraco como esconderijo para fugir após os crimes, realizados próximos à Avenida dos Estados e em pontos de ônibus. Vítimas revelaram à reportagem que, constantemente, pedestres têm pertences roubados, inclusive durante o dia.

Em maio, um jovem que havia acabado de ser abordado conseguiu avistar o homem no momento que entrava no refúgio.

A Prefeitura informou que a remoção do acusado só pode ser feita voluntariamente. O papel do educador social de rua é o de fazer escuta, estabelecer vínculos, sensibilizar e, a partir do convencimento, motivar quanto à aceitação de encaminhamento à Rede de Proteção Social Especial.

Procurada, a Secretaria de Obras e Serviços Públicos informou que aterrar ou tapar o buraco só será possível depois da remoção do homem que faz do buraco sua moradia.

 

PM reforça patrulhamento no Parque Jaçatuba 

Depois da denúncia do Diário sobre a falta de segurança dos moradores do Parque Jaçatuba, em Santo André, a Polícia Militar informou ontem que irá reforçar o patrulhamento no bairro, especialmente nas ruas Guaxinduva, Guaiaúna e Caviúna.

As vias têm sido alvo de ações criminosas como assalto a residências, roubo de veículo e celulares. Os moradores desconfiam que menores de idade rondam as ruas ao entardecer atrás de possíveis vítimas e depois informam outro grupo, responsável pelos ataques.

Luiza de Marchi, 61 anos, que trabalha em casa, mora há 30 anos no bairro e relata que a situação nunca esteve tão alarmante. "Qualquer dia arranco o portão junto quando saio de casa. Tem de ser tudo rápido."

Apesar da denúncia dos moradores, a polícia esclareceu que de junho até agora apenas uma ocorrência de roubo a pedestre foi registrada na Rua Guaxinduva. A corporação pede à população que registre queixa em qualquer circunstância, pois só dessa forma será possível identificar o problema e combater a criminalidade no bairro.




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