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São Bernardo promete rádio para postos fixos
Luciana Sereno
Do Diário do Grande ABC
20/07/2005 | 08:08
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O comandante em exercício da Guarda Civil Municipal de São Bernardo, coronel Aniel Nossa, garante que todos os guardas que trabalham em postos fixos terão acesso a radiocomunicadores. Ele afirma que a equipe poderá retirar o equipamento diretamente na base da guarda ou então solicitar que os supervisores entreguem o aparelho nos postos de serviço.

O coronel diz que atualmente 30 guardas dispõem do radiocomunicador e que outros 41 aparelhos estão na "reserva aguardando serem retirados pelos profissionais". "Todos sabem que estão aqui. É só vir buscar." Os guardas, no entanto, negam que tenham sido informados sobre a disponibilidade do equipamento.

No último sábado, o Diário publicou denuncia feita pelos guardas sobre a dificuldade em conseguir contato com o comando. O grupo alega não dispor de rádio para solicitar reforço e que são impedidos de fazer chamadas ao 0800 ou ligações a cobrar para o telefone fixo da base.

O coronel Nossa afirma que a proibição não existe. Ele acrescenta que as denúncias "são exageradas". Segundo ele, desde maio, a orientação é para que os guardas não utilizem os telefones para ligações particulares ou chamadas relativas a informações. "Trata-se de uma orientação. O 0800 é específico para receber denúncias relacionadas ao Conselho Tutelar e à Fundação Criança. O pedido visa apenas evitar que a população tenha dificuldade em conseguir acessar a linha gratuita."

O comandante argumenta ainda que a medida tem o objetivo de acabar com o excesso de ligações particulares pela linha gratuita. "Não podemos deixar o telefone ocupado porque os guardas passam informações de ocorrências já encaminhadas ou finalizadas." Ele diz que para isso o pessoal pode usar a linha convencional.

No entanto, os guardas disseram à reportagem que até mesmo no telefone fixo da base encontram dificuldade em conseguir comunicação. Eles alegam que a chamada é cortada assim que se identificam. "Só conseguimos acesso se ligamos diretamente do celular particular ou de orelhões, usando cartões telefônicos", afirma um dos homens. Apesar das denúncias, o coronel garante que situações de emergência podem "ser comunicadas tanto via 0800 quanto por meio de ligações a cobrar".

Questionado sobre a situação de risco dos profissionais que trabalham em postos mais distantes, ele afirma que, além da linha de telefone do prédio (unidade de saúde, escola ou demais unidades municipais), os guardas dispõem do botão de pânico que basta ser acionado para que o apoio siga para o local.




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