"Esta unidade especial que está sendo treinada para lutar contra o terrorismo estará sob a autoridade do ministério da Defesa", declarou à imprensa um alto representante da coligação em Bagdá, que pediu para não ser identificado. Os membros desta unidade foram "especialmente selecionados e seu primeiro destacamento entrará em operação em breve", acrescentou, se negando a dar detalhes sobre os efetivos e determinar se eram treinados no Iraque ou no exterior.
O Iraque foi alvo de vários atentados suicidas com carro-bomba e outros ataques desde que foi ocupado pelas forças da coalizão comandada pelos Estados Unidos. O administrador civil americano, Paul Bremer, anunciou na quarta-feira a criação nesta semana de um novo ministério da Defesa para substituir o antigo, que foi dissolvido em maio de 2003, após sua nomeação e chegada a Bagdá.
Suicídios - Paralelamente, um estudo divulgado na quinta-feira nos Estados Unidos revela que os soldados mobilizados no Iraque se suicidam mais do que os do resto do Exército americano. A taxa de suicídio é de 17,3 por 100 mil soldados no Iraque, contra 12,8 em todo o Exército americano.
O levantamento foi realizado por um médico militar após uma série de suicídios em julho. Ainda assim, o número de suicídios de soldados americanos no Iraque é inferior à média registrada entre a população dos Estados Unidos com idade entre 20 e 34 anos: 21,5 por 100 mil habitantes.
Dos 756 soldados entrevistados, 52% informaram que estavam desanimados ou muito desanimados, enquanto 72% declararam que o mesmo ocorria com os outros integrantes de suas unidades. Este estado se explica essencialmente pela incerteza sobre a duração de sua permanência no Iraque, argumento dado por 87% dos militares.
Já 71% dos pesquisados destacam a longa duração da missão, 57% o afastamento da família e 55% a falta de espaço privado. Os soldados mobilizados no território iraquiano mostram "um nível elevado de preocupações relacionadas com sua saúde, pouco ânimo e um espírito de coesão débil", conclui o relatório.
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