Artigo

Os executivos brasileiros demonstram-se preocupados com o atual momento econômico. O ano de 2014 foi extremamente desafiador e 2015 segue a mesma circunstância, atenuado pelas incertezas dos setores de infraestrutura e energia, que são fundamentais para sustentar o crescimento a médio e longo prazos.

Diante desse cenário, muitas empresas têm repensando suas estratégias de mercado e estão focando em rentabilidade, por meio de boas práticas de gestão e contratação de executivos mais preparados para esses desafios. Cada vez mais têm sido demandados gestores com capacidade de agrupar pessoas com interesses em comum, que consigam expressar visão e engajar os funcionários dentro dos valores da empresa.

Uma das grandes falhas nas contratações das empresas é o fato de se observar apenas a educação e as conquistas que o executivo teve durante a carreira, o que acaba não retratando como o líder realmente é e se ele é oportuno à organização. Nos processos seletivos que tenho liderado, percebo que o perfil de liderança exigido pelas organizações também mudou. Hoje, o gestor precisa apresentar, além dos resultados, a forma como eles são alcançados.

A perspectiva de crescimento tímido da economia é apenas um dos causadores dessa movimentação. O executivo brasileiro passou a entender que sua empresa precisará se preparar para essa realidade desafiadora, pois a economia poderá continuar se contraindo nos próximos trimestres. Contudo, a competição não diminuirá, sendo que outras empresas chegarão para concorrer no mercado interno em busca de maiores fatias.

O Grupo Fesap, especializado em executive search, realizou pesquisa em 2013 com CEOs (Chief Executive Officer, Diretor Executivo, na tradução livre) de grandes empresas para entender quais seriam as suas prioridades nos próximos cinco anos e como iriam se preparar frente ao contexto econômico mundial. Revelou-se que a preocupação com o capital humano faz parte da maioria das agendas, mostrando que muitos fatores que eram importantes até pouco tempo agora dão espaço à gestão de pessoas, que possui impacto direto nos negócios e no faturamento das empresas.

Trazendo para 2015, nunca vimos guerra tão latente entre as empresas, na qual o fator central da disputa não são mais maquinários ou tecnologias avançadas, mas sim os talentos humanos. Entre os principais perfis identificados, a busca por liderança voltada a fomentar inovação e criatividade tem ganhado destaque. Isso nos mostra a importância de contratar certo nos momentos de crise.

Leonardo Massuda é diretor da consultoria de busca e seleção de executivos Asap Recruiters.

Palavra do leitor

Só eles
Dia 10 de abril de 1970 ficou marcado para sempre. Quatro rapazes de Liverpool anunciavam fim de uma banda. Momentos de tristeza e comoção em todo o mundo. Lembro que em 1962, quando foi lançado o primeiro álbum, Please, Please, um velho e conceituado DJ disse: ‘Nos próximos dez anos nenhum artista vai ter coragem de dividir o mesmo palco com esses rapazes. Seria atitude insana, de altíssimo risco, eles vieram para revolucionar a música e os jovens da nossa época’. Estamos completando 45 anos sem os Beatles e em todo esse tempo não apareceu nada melhor. Às vezes penso se alguma banda atual teria coragem de abrir show dos Beatles nos anos 1960. Imagino vários nomes famosos, mas não consigo chegar a conclusão satisfatória. Isso é mau sinal! Quanto aos garotos de Liverpool, tenho certeza de que abririam os principais shows do momento. O problema é que os outros convidados iriam enfrentar enormes dificuldades para entrar no palco após os quatro cabeludos. Hello, goodbye!
Mário Mello
São Bernardo

Sindicância
Ladrão que rouba ladrão tem 100 anos de perdão. Petista que abre sindicância contra petista é fanfarrão. São as próximas eleições que dirão.
Breno Reginaldo Silva
Santo André

Parquímetro
Li nesta Palavra do Leitor queixas relativas ao aumento nos preços do estacionamento de rua (Aos 462 anos 1, 2 e 3, dia 8). Absurdo! Mais de 66%! Sou idoso, e uso muito! Há, também, necessidade de se regulamentar esse tipo de serviço. Primeiro, deve haver punição efetiva e dura quanto à utilização irregular dos espaços reservados aos cadeirantes e aos idosos, com multa aplicada pelos próprios agentes da empresa administradora, na falta do cartão correspondente às situações. Segundo, haver a isenção da cobrança do estacionamento aos cadeirantes e idosos, devidamente comprovada essa situação pelo cartão, caso o aparelho estiver fora de serviço. Eles terão dificuldade de se dirigir a outro aparelho.
José Bueno Lima
Santo André

Sky
Morava em Santo André até o fim de março e mudei-me para São Bernardo no dia 30. No endereço antigo tenho instalado ponto de TV da Sky. Desde o dia 25, solicito junto à Sky a transferência desse ponto para o endereço novo. Já foram agendados quatro vezes esse serviço, mas nenhum cumprido. No dia 10, falei no canal de reclamações e pediram-me 24 horas para reagendar depois de verificar que realmente todas as outras chamadas não foram concluídas. Novamente nada. Tenho os pagamentos desse serviço debitados em cartão de crédito que está sendo usado só para isso. Se eu cancelar o cartão, tenho certeza de que a Sky vai querer me cobrar.
Halei Z. Bitencourt
São Bernardo

Parque Central
O que leva o indivíduo a olhar só para as suas opiniões, interesses e necessidades, e desprezar as alheias? Domingo foi dia de extensa programação de shows no Parque Central, em Santo André, por ocasião da comemoração do aniversário da cidade. Milhares de pessoas, na sua maioria jovens, que não usam o parque para caminhadas, estavam lá atraídos pelos shows, preparados para eles. Quando se junta multidão e por tempo longo é normal que haja grande acúmulo de resíduos. Infelizmente papéis, embalagens plásticas e outros itens oriundos da comida e da bebida consumidas no local ficaram espalhados pelo chão. É certo que a população ainda não adquiriu consciência de que tudo deve ser acondicionado em lixeiras ou sacos adequados. Diante dessa realidade, vale a pena pensar em redimensionar a disponibilização de lixeiras no parque, especialmente em grandes eventos. Essa seria medida de melhoria, olhando para o futuro. Esses problemas devem ser observados e amenizados nas próximas oportunidades.
Alencar Marcon
Santo André

Planos de saúde
Fico triste quando vejo reportagem com chamada de Primeira Página neste Diário com reclamações contra planos de saúde (Dia 11). Geralmente as pessoas que reclamam são as mesmas que trocaram seus planos anteriores por um mais favorável às suas condições. Chamo a atenção de empresários, investidores e administradores do Grande ABC a investir nessa área, pois é fatia grande no mercado a ser explorada. Criem parcerias, invistam em atendimento. O cliente quer ser atendido, não precisa de salas bem mobiliadas. Precisam sim de médicos bem pagos. Esqueçam de aumentar o número de associados, mas sim suprir as necessidade dos que já são. Serão eles que trarão novos clientes. Quero em breve ver elogios aos planos regionais.
Silvia Guides
Santo André