A polícia entrou no caso logo após a captura do publicitário, avisada pelos pais, que viram P. chegar em casa, em um Peugeot, e sair logo em seguida sem entrar. O pai ligou para o rapaz para saber o que tinha acontecido. P. atendeu e um dos seqüestradores tomou o aparelho celular. O valor inicial pedido pela quadrilha era de R$ 10 mil. Eles ligaram para a família uma segunda vez, reforçando o pedido de resgate.
As negociações entre a família e os seqüestradores foi rápida, se comparada aos dias em que vítimas permanecem em cativeiro nas situações clássicas de seqüestro. Ao longo dos contatos, os seqüestradores garantiram a integridade física de P.. Um terceiro contato reduziu o valor para R$ 3 mil, que deveriam ser embalados num saco plástico. Num quarto contato, os seqüestradores instruíram a família a deixar o dinheiro em uma ponte da zona Leste da capital.
Em princípio, a polícia acredita que os criminosos pretendiam fazer um roubo, mas pelo fato do pai ter ligado no celular do filho pedindo a liberdade do rapaz, os ladrões podem ter mudado de idéia e tentado levantar mais dinheiro com a ação. "Não deu para caracterizar uma extorsão mediante seqüestro", disse o delegado titular da Dise (Delegacia de Investigações Sobre Entorpecente) de São Bernardo, Paul Henry Verduraz.
O caso foi registrado no 1º DP de São Bernardo, porém as investigações serão feitas pela Dise, que também é responsável pelos casos de seqüestro na cidade. A quadrilha ainda não tinha sido presa até a noite deste domingo.
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