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Concessão de rodovias é melhor solução, aponta setor
Samir Siviero
Do Diário do Grande ABC
27/08/2003 | 20:44
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A concessão das rodovias públicas foi a principal discussão esta quarta-feira na abertura do 8º Conatran (Congresso Nacional do Trânsito), no Centro de Exposições Imigrantes, em São Paulo. Apontada como única saída para a recuperação das rodovias, a concessão foi defendida por representantes do governo federal e associação de concessionárias durante exposição no período da manhã. O evento prossegue até sexta-feira.

Números apresentados pelo diretor do DNIT (Departamento Nacional de Infra-estrutura Terrestre), Antônio Coutinho, mostraram que 80% das rodovias federais não sofrem intervenções há mais de dez anos, apesar de 96% do transporte de carga serem feitos pelo sistema rodoviário. Para melhorar essa situação, estão em andamento estudos para que empresas sejam contratadas para fazer a recuperação e manutenção das pistas.

Para o presidente da ABCR (Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias), Moacyr Servilia Duarte, a necessidade de aplicação de recursos nas rodovias leva à concessão. “No mundo inteiro caiu brutalmente o investimento em infra-estrutura, e no Brasil a situação não é diferente. Como, no Brasil, não há como expandir as rodovias brasileiras, é necessário o investimento nas operações das rodovias, e é aí que entram as concessionárias”, disse em sua exposição.

Para o diretor-geral da Artesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos de Transporte do Estado de São Paulo), Sílvio Minciotti, professor licenciado do Imes (Centro Universitário de São Caetano), depois que as concessões foram realizadas, as concessionárias devem ter “mentalidade de prestadoras de serviço” e não de empreiteiras e o usuário deve entender o pagamento do pedágio como forma de obter melhores serviços. “O usuário não questiona a qualidade do serviço das concessionárias, mas ainda acha caro o valor do pedágio; e as concessionárias devem pensar no usuário como cliente, e não como refém. Essas mudanças de postura é que devem ser refletidas para a melhoria nesse relacionamento”, disse Minciotti.




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