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Diadema ameaça fechar ETCD
Elisa Bartié
Do Diário OnLine
24/05/2001 | 19:23
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A Prefeitura ameaçou nesta quinta fechar a Empresa de Transportes Coletivo de Diadema (ETCD) caso não consiga reduzir seus gastos em R$ 1,4 milhão. Mesmo depois de reduzir o déficit em R$ 5 milhões, a empresa pode encerrar suas atividades se os 460 motoristas e cobradores não aceitarem suas propostas, que incluem redução salarial de 7% a 15%, menor jornada de trabalho e exclusão de benefícios.

No início do mês, uma primeira proposta foi recusada por unanimidade pelos trabalhadores. Agora as seis novas propostas, apresentadas ao Sindicato dos Rodoviários do ABC, serão discutidas em uma assembléia, marcada para as 16h da próxima segunda-feira.

O representante do sindicato Cleuber Ferreira de Moura criticou as propostas. Para ele, apenas a redução dos salários não basta para a empresa sair do vermelho. "O trabalhador acaba sendo penalizado, não é o salário que causa prejuízos, mas sim as más administrações passadas", disse.

O presidente da ETCD, William Ali Chaim, explicou que, entre as propostas, que incluem redução salarial de 7% a 15%, a empresa propõe que os trabalhadores escolham um representante para acompanhar a evolução financeira da empresa com direito de participação.

Se não houver um acordo com os trabalhadores, a empresa pode recorrer ao Tribunal Regional do Trabalho (TRT) para decidir a questão. "Se não conseguirmos, não há outra saída senão recomendar ao prefeito o encerramento das atividades da empresa", disse Chaim.

Se a ETCD fechar, a Prefeitura de Diadema deve convocar uma empresa gestora e empresários devem fazer novos investimentos para o transporte público da cidade.

Acusações - Segundo o sindicato, a ETCD estaria fazendo "terrorismo" com os trabalhadores, ameaçando demitir funcionários antigos se as propostas não fossem aceitas. Além disso, se houvesse um acordo, eles teriam estabilidade de um ano.

O presidente da ETCD disse que o sindicato exagera. Para ele, "propor estabilidade não é terrorismo". Chaim explicou que sua postura é dialogar com o trabalhador e que aguarda uma contraproposta do sindicato.




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