O número de roubos de veículos teve queda significativa no Grande ABC em fevereiro, em comparação com o mesmo mês do ano passado. Os indicadores apontam redução de 39,32%, segundo dados divulgados ontem pela SSP (Secretaria da Segurança Pública). Foram 784 roubos neste ano, contra 1.292 em 2014.

Segundo o comandante da PM (Polícia Militar) no Grande ABC, coronel Marcelo Cortez Ramos de Paula, a queda se deve à experiência adquirida nas ações realizadas pelo efetivo. “Esse resultado é um efeito do amadurecimento das táticas, conquistado com o tempo. Mensalmente temos reuniões com os responsáveis de cada batalhão e, com isso, potencializamos o resultado do nosso trabalho.”

A redução nos roubos de veículos, registrada nos sete municípios (veja tabela completa nesta página), é superior à da Capital (-28,92%) e do Estado (-27,32%).

Em relação aos furtos de veículos, o Grande ABC também obteve resultados expressivos. Foram 707 casos em fevereiro, contra 952 registrados no mesmo período de 2014, o que representa diminuição de 25,74% no índice. Nos furtos em geral, os indicadores apontam redução de 22,98%.

A região apresentou variação negativa em outras estatísticas importantes. Os números de furtos em geral apontaram queda de 22,98%. Enquanto em fevereiro de 2014 foram registrados 2.041 casos, neste ano o indicador apontou 1.572 ocorrências.

Já em relação aos roubos em geral, o índice registrou queda de 2,91%, seguindo tendência da Capital (-5,88%) e Estado (-5,54%).

Na contramão do Estado, que manteve o número de vítimas de homicídio estável no período, o Grande ABC registrou alta de 31,25% no indicador, passando de 16 para 21 mortes. “O problema dos homicídios é que boa parte deles está relacionada a conflitos dentro de casa, como o caso do jovem que matou o pai com um garfo de churrasco, em Santo André (divulgado ontem pelo Diário)”, destaca o coronel Cortez, que ainda ressalta ações próximo a bares. “Estamos intensificando a atuação perto de bares e pontos de drogas, que também são locais com maior incidência desse tipo de crime. Avaliamos a importância dessa ação, tendo em vista que o uso de álcool ou substâncias ilícitas pode aumentar a probabilidade de brigas e, consequentemente, mortes. Além disso, a longo prazo planejamos, junto com os prefeitos da região, intensificar a legislação dos bares. Podemos citar, nesse caso, a cidade de Diadema, que tem leis mais rígidas sobre o tema.”