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Trabalhadores caem em golpe de consórcio no Grande ABC
Deborah Moreira
Do Diário do Grande ABC
23/08/2010 | 07:25
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Cuidado ao comprar um bem durável, como um veículo, por meio de consórcio. Uma quadrilha de estelionatários vem aplicando um golpe na região há pelo menos um ano. Se passando como corretores contratados de agência reconhecida, eles convencem a vítima a dar cheques nominais a empresas que possuiriam cotas contempladas de consórcio.

"A partir de um anúncio de um caminhão que estava à venda, viemos parar dentro de uma revendedora de automóveis de Santo André, onde fomos muito bem recebidos por um consultor, que se apresentou como sendo da empresa. Me fez preencher talões de adesão de um consórcio de um grande banco e até tomamos cafezinho. Como poderíamos imaginar que estávamos sendo vítima de um golpe?", exclamou o empresário Itamar Aparecido dos Santos, 38 anos.

Morador de Guarulhos, ele e um vizinho de longa data, Leandro Aparecido Rogério, 26, decidiram comprar um caminhão juntos, no valor de R$ 240 mil, a partir de um consórcio que já teria sido contemplado. "Só tínhamos condições de quitá-lo tocando o negócio com o caminhão. Sem a cota contemplada ficamos no prejuízo", lamentou Leandro, que é funcionário público.

Eles perderam cerca de R$ 15 mil, em média, cada um. Além de Itamar e Leandro, outras duas pessoas caíram na lábia dos falsos consultores. Os quatro prestaram queixas ao 4º DP de Santo André, onde foi lavrado um boletim de ocorrência e pelo menos quatro inquéritos apuram o caso.

Eles deram três cheques: um nominal ao banco, no valor de R$ 2.708,82; um para uma empresa de crédito, no valor de R$ 4.800; e outro para uma consultoria, no valor de R$ 7.200.

"O banco alerta que seus planos são comercializados exclusivamente no ambiente da Rede de Agências por profissionais cadastrados", declarou a empresa envolvida no golpe. As demais empresas não foram localizadas.

Já a revendedora declarou que não tem responsabilidade sobre o que ocorreu, já que somente comercializa consórcio do seu grupo. "Não comercializamos nada do banco nem cotas contempladas que, apesar de algumas pessoas físicas praticarem, é ilegal. Demitimos os envolvidos que também aplicaram o golpe usando o nosso consórcio. Nesses casos, ressarcimos todos os clientes. Foram cerca de 15 casos no total", declarou Marco Antonio Jacomassi, diretor da revendedora.




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