Setecidades Titulo Educação
Alunos da UFABC criam escola de reforço
Natália Fernandjes
14/03/2015 | 11:47
Compartilhar notícia


 A velha prática de jovens universitários ministrarem aulas de reforço como forma de complemento de renda deu origem a uma escola particular voltada ao ensino personalizado em Santo André. Há cerca de um ano, três estudantes da UFABC (Universidade Federal do ABC) mantêm a Noctuam, que já conta com 250 alunos cadastrados e 40 professores colaboradores. A meta do grupo é expandir o serviço para três bairros da Capital ainda neste ano e abrir espaço que ofereça atividades a preços populares para a população carente até o fim de 2016.

Conforme explicam os universitários Diego Zuculin, 26 anos, aluno do último período do curso de Engenharia de Gestão e Engenharia Aeroespacial, Luís Mendes, 23, (último ano de Engenharia de Gestão) e Rodolfo Costa, 21 (Sistemas para Internet), a ideia é proporcionar aos estudantes independência nos estudos. “O objetivo é que o cliente evolua, alcance suas metas, seja passar no vestibular, em concurso público ou ir bem nas provas, e não precise mais da nossa ajuda”, diz Zuculin.

Em média, uma hora de aula custa R$ 65, com a facilidade do atendimento domiciliar. O conteúdo é montado conforme as necessidades do aluno e há ferramenta digital que permite acompanhamento dos pais em tempo real. “É possível saber, por meio de aplicativo, quantas horas de aula já foram ministradas, com qual professor, qual foi o desempenho do aluno e ainda tirar dúvidas via WhatsApp em horário comercial”, explica Mendes.

Por acreditar que a Educação é instrumento de transformação social, o trio tem ideia de abrir unidade que ofereça o serviço a preços populares ou gratuitos. “Viemos de escola pública e tivemos o privilégio de cursar universidade pública, então queremos devolver para a sociedade o bem que recebemos e ajudar a população de baixa renda a ter acesso a um ensino de qualidade”, ressalta Zuculin.

A aluna do curso de Terapia Ocupacional da FMABC (Faculdade de Medicina do ABC) Alexia Vernizzi, 17, considera que só não reprovou o 3º ano do Ensino Médio e ingressou no Ensino Superior graças às aulas particulares. “Fiquei quatro meses longe da escola em licença-maternidade e, ainda assim, consegui passar para a segunda fase da Fuvest (Fundação Universitária para o Vestibular) e ser aprovada em duas faculdades.”




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;