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Leila Sobral volta para ser cérebro da equipe de Sto.André
Edélcio Cândido
Do Diário do Grande ABC
29/04/2003 | 22:15
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A fera está de volta. O basquete feminino de Santo André ganhou terça-feira um grande reforço, a ala/pivô Leila Sobral, 1m86, 28 anos, mais madura, com um filho de nove meses (Davi) e recuperada de séria contusão sofrida no joelho direito (lesão de cartilagem) pela Seleção Brasileira nas quartas-de-final (contra o Canadá) do Pan-Americano de Winnipeg em 1999.

“Estou convicta e com fé de que vou ser melhor do que era”, disse ela, ao ser apresentada à imprensa no gabinete do prefeito de Santo André, João Avamileno. O diretor de Esportes da Prefeitura, Celso Luís de Almeida, a técnica Laís Elena e a auxiliar-técnica Arilza Couraça acompanharam a nova contratação. “Que seja bem-vinda e ilumine os caminhos do basquete, numa fase bastante difícil para o esporte em geral, que também é cultura em nosso país”, disse o prefeito, confiante.

Ex-Panathinaikos, da Grécia, Leila garante que chega para ser líder e injetar ânimo nas companheiras, casos de Vívian, Chuca, Patrícia, Lúcia e Gigi, entre outras. Irmã de Marta (ex-seleção) Márcia e Jefferson Sobral, todos feras no basquete, Leila foi contratada como ponto de referência de uma equipe que não tinha até então nenhuma estrela, e talvez, por isso, estava mais difícil conseguir um patrocínio de peso. Andreense, Leila volta para casa, onde no final dos anos 80 foi revelada nas equipes de base das escolinhas de Santo André. “Quando vi a Leila jogar pela primeira vez, em 1988, não tive dúvida. Ela seria mais uma estrela da modalidade”, lembrou Laís.

Com carreira internacional, que é privilégio de poucos atletas, Leila aposta em seu retorno às quadras “num milagre”, porque correu o risco de ficar inválida para o esporte. “Perdi mais de três anos de vida útil ao basquete devido a contusão e espero o desfecho de um processo que movi contra o COB (Comitê Olímpico Brasileiro) por negligência, imperícia e omissão de socorro. “A contusão foi em defesa de meu país, fiz parte do tratamento em Campinas, com o Dr. Nivaldo Baldo, mas depois fui abandonada”, afirmou Leila.

A ala/pivô afirmou que teve outros convites para jogar, mas optou por atuar na região: “Aqui, sinto-me em casa. Tenho um filhinho e quero trazer alegria”. Campeã mundial da modalidade em 1994, além de outras participações na Seleção Brasileira, paulista, WNBA, e o Pan de 1999, Leila tenta conter a ansiedade. “Quando irei estrear?”. “Depende dela”, disse Laís, sentada ao seu lado na mesa. Mas a experiente treinadora não quer atropelos. “Ela voltará na hora certa, nos jogos decisivos, nos playoffs”, afirmou Laís.




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