A morte da jovem Liliane Lima Silva, 23 anos, que morava no Jardim Ruyce, em Diadema, ainda não está resolvida. Em 9 de maio, ela morreu dentro do CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), órgão da Prefeitura, onde estava internada por depressão. Passados mais de seis meses do falecimento, o IML (Instituto Médico-Legal) do município ainda não divulgou o laudo da morte para a família da paciente.

Segundo a família de Liliane, a falta de informação, tanto do IML quanto da Prefeitura, faz com que haja dúvidas sobre o que de fato ocorreu.

A mãe de Liliane considera que houve alguma falha grave dentro do CAPS. Ela suspeita que sua filha tenha sido submetida a algum remédio errado ou superdosagem. "A Liliane não tinha nenhum problema físico, só mental, por causa da depressão. Minha filha era muito jovem e tinha uma saúde boa. Pretendia se casar em outubro. Não acreditamos quando recebemos a notícia de sua morte", afirmou a dona-de-casa Nelze Lima da Silva, 53 anos.

Segundo Nelze, na certidão de óbito consta causa indeterminada a respeito da morte. "O pessoal do CAPS não deu muita informação para a gente sobre o que aconteceu. Disseram apenas que minha filha teve uma parada cardíaca", contou a dona-de-casa.

A Prefeitura informou ontem, em nota, que no dia 9 de maio Liliane sofreu um "mal súbito" e foi socorrida. Não foram passados mais detalhes sobre o motivo da morte. A administração municipal disse que prestou toda a ajuda necessária à Liliane durante o período que estava internada, incluindo assistência à família.

O IML informou que a demora na entrega do laudo ocorre porque foram feitos diversos exames complementares, sem especificar quais.

O IML havia dito ao Diário que o laudo estaria ontem à disposição da família. Entretanto, para os familiares de Liliane a informação foi diferente. Disseram à família que o documento só poderia ser retirado na segunda-feira.