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Prefeito não acha
preciso ir ao Macuco
Renan Fonseca
Do Diário do Grande ABC
14/01/2011 | 07:19
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Passaram-se nove dias. Cinco pessoas morreram. E somente ontem o prefeito de Mauá, Oswaldo Dias (PT), se pronunciou oficialmente sobre os desastres provocados pelas chuvas na cidade. O morro do Macuco foi o palco de quatro mortes. Região precária, habitada irregularmente por famílias de baixa renda. Oswaldo afirmou que conhece o local. "Passo lá sempre." Mas nos últimos sete dias a população de lá tem cobrado a presença do chefe do Executivo. "Não acho necessidade ir até lá (no Macuco). A Defesa Civil está percorrendo as famílias."

Confira a entrevista do prefeito aqui.

Durante a entrevista coletiva, o gestor riu ao ser questionado sobre o número de famílias em Mauá que vivem em área de risco. "Eu também queria saber", falou. Sobre o paradeiro das famílias que perderam entes queridos, a ausência de informação também deixou o prefeito na corda bamba. Algumas perguntas tiveram respostas evasivas, e outras foram respondidas por secretários.

Oswaldo anunciou dois projetos assinados ontem com a Caixa Econômica Federal para as famílias prejudicadas pelas tempestades. O banco vai construir, na região do Jardim Itapeva, 38 habitações.

Além disso, vai abrir financiamento para 80 apartamentos no município, voltados para famílias com renda entre R$ 1.200 e R$ 1.800 por mês.

A Caixa se comprometeu a liberar o FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço) das pessoas desalojadas. Mas isso só é permitido em municípios com estado de emergência decretado. "Estamos organizando documentação para enviar à Defesa Civil Nacional solicitando o estado de emergência", garantiu o prefeito.

Enquanto isso, os desalojados vão ficar em abrigos provisórios. Hoje, o governo estadual entrega cestas básicas, produtos de higiene e limpeza, colchões e roupas de cama.

Convênio irá atender só uma parcela dos desabrigados

O convênio entre Caixa Econômica Federal e Prefeitura de Mauá garante 118 habitações para as famílias prejudicadas pelas chuvas.

O contraste no anúncio feito ontem está no prejuízo da população. Desde o início das chuvas, 1.200 pessoas foram prejudicadas, 194 imóveis estão interditados, cinco pessoas morreram, outras cinco tiveram ferimentos leves, 30 residências ficaram danificadas, seis destruídas. Além disso, a Prefeitura teve de demolir 42 casas, que estavam na iminência de virem abaixo.

O prefeito Oswaldo Dias (PT) prometeu enviar projeto para a Câmara para alterar o valor da bolsa auxílio-aluguel de R$ 300 para R$ 350.




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