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Para onde vai o governo Dilma?

Não restam dúvidas de que para a maioria dos brasileiros 2015 será de grandes dificuldades

Do Diário do Grande ABC
11/02/2015 | 08:29
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Artigo

Não restam dúvidas de que para a maioria dos brasileiros 2015 será de grandes dificuldades. A começar pelo governo da presidente Dilma, que inicia o segundo mandato em meio a crise de credibilidade ligada a escândalos de corrupção e ainda em razão de erros e equívocos cometidos já na primeira gestão. O que não é nada interessante para alguém que se diz defensora do desenvolvimento que gera empregos e distribui renda, mas que encerrou o primeiro mandato com a economia do País praticamente estagnada. Ademais, o ajuste fiscal implementado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, não oferece perspectivas aos que dependem da produção e do emprego. Medidas que elevam a TJLP (Taxa de Juros de Longo Prazo), de 5% para 5,5%, e ainda a taxa Selic para 12,5% apenas beneficiam os que vivem da especulação financeira.

Sendo assim, o plano de austeridade adotado pelo governo revela que sua primeira gestão foi retumbante fracasso. Não fosse assim, por que, então, logo após as eleições, a presidente assumiu modelo contrário ao que vinha pregando e praticando? Para entender melhor a questão basta que olhemos os números relativos ao PIB e ao nível de empregos entre 2011 e 2014. Nesse período, a economia brasileira esteve centrada no baixo crescimento. Segundo o IBGE, em 2014 o número de empregados na indústria caiu 3,1%. O pior resultado desde 2009. Dificuldades que permaneceram escondidas. Principalmente no período das eleições.

Para nós, trabalhadores, o tal ajuste fiscal, calcado em medidas recessivas, que implicam em desemprego e perda de direitos, não interessa. Não vamos aceitar que sejamos nós a pagar essa conta. Que seja debitada na conta daqueles que vivem de renda. Até porque a classe trabalhadora não pretende retroceder nos seus direitos. Quer também discutir com o governo e a sociedade os rumos da economia e do Brasil. Mas para dialogar a presidente precisa dar sinais efetivos de que está disposta a ouvir e a absorver as demandas dos trabalhadores. Afinal, foi a própria Dilma quem apresentou-se ao País falando em diálogo. Então, que seja ela a dar o primeiro passo e revele de público que aceita encampar sugestões que impliquem em mudanças de modo a levar o Brasil a retomar o caminho do desenvolvimento econômico, tendo como prioridades a valorização do trabalho e do trabalhador e o combate à nociva desigualdade social que historicamente nos assola.

Impor veto à correção da tabela do Imposto de Renda, restringir o acesso a benefícios sociais e ao crédito, aumentar juros, impostos e o preço dos combustíveis mostram que a disposição de Dilma para o diálogo com os trabalhadores e a promoção da justiça social são apenas para ‘inglês ver’.

Aparecido Inácio da Silva é presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano.

Palavra do leitor

Companheiros
Foi com muita tristeza que nos últimos dias perdi três amigos, com os quais convivi nos tempos de vereador em Santo André. Partiram para vida eterna. Timóteo Moia Sanches, Norberto Fernandes e Pedro Cia, três companheiros com muita atuação em suas áreas: Timóteo no Parque das Nações, onde residia na época; Norberto com os clubes amadores de Santo André; e Pedro na área da Educação. Fica para nossa tristeza e lembrança. Aos familiares, meus sentimentos e ao povo de Santo André a gratidão por muito que fizeram pela cidade. Adeus companheiros e amigos.
Antenor Biolcatti
Santo André

Piadas
Sobre a reportagem ‘Mais da metade dos brasileiros não poupa’ (Economia, dia 1º), acho que é mas uma piada sem graça! Alguém está tirando uma com a nossa cara! Se vou ao supermercado e compro um pacote de arroz de cinco quilos, por exemplo, no valor de R$ 7,80 no período da manhã, ao chegar à noite do trabalho encontro o mesmo produto custando R$ 8,40. Isso para falar de apenas um item. Preciso dizer mais alguma coisa? Para quem ganha uma fábula não é nada – fora as mordomias, como combustível, veículo, passagem aérea etc! Quando estava na escola ouvia a professora dizer ou escrever no quadro-negro que ‘perante Deus e à sociedade todos os brasileiros são iguais’, outra piada sem graça e de mau gosto! Aguardemos por dias melhores.
Isael Ribas
São Bernardo

Museu
Referente à publicação neste Diário (Política, dia 13 de janeiro), a área destinada ao Museu em São Bernardo por ter localização central, bom espaço para construção de imóvel e estacionamento, poderia ser utilizada para outros departamentos com maior carência, os sobrecarregados, obedecendo critérios e prioridades. Museu na cidade é muito importante, é excelente ideia, que deve ser concretizada, porque por meio dele perpetua-se a história da cidade e do seu povo. Porém, não devemos esquecer que São Bernardo não começou em duas ou três décadas. A história vai além, tem famílias pioneiras e investidoras, que por amor, tradição e trabalho têm direito a serem lembradas em primeiro plano para possível homenagem. Nada contra o padrinho político do prefeito Luiz Marinho, pois ele merece o nosso respeito. Em relação ao local, procurem avaliar, pois São Bernardo é grande, tem bastante espaço para o citado e válido projeto.
Sérgio Savani
Santo André

Fácil solução
No dia 30 de março de 2014, um domingo, fiz sugestão, de um leigo, aos engenheiros da Sabesp de que não era preciso ser gênio para afirmar que há lençol de água no subsolo no entorno da Represa Cantareira. Agora sugiro que perfurem quatro ou cinco poços artesianos também no entorno do reservatório do Cantareira para pesquisar se é viável, ou seja, se há água potável que possa minimizar a falta do precioso líquido à população da Região Metropolitana. Dependendo da quantidade de água que deverá haver no subsolo, poderiam perfurar algumas dezenas de poços artesianos e bombear, direcionando o líquido para o Cantareira. Pode ser ideia de aloprado, mas fica a sugestão aos engenheiros e técnicos da Sabesp.
Kiyoshi IKeda
Santo André

HSBC
Senhores dirigentes do HSBC, foi com pesar que recebi a notícia de que sua unidade da Suíça andou facilitando a sonegação fiscal para várias celebridades no mundo, dentre elas, mais de 5.000 brasileiros que detêm a ‘insignificante’ quantia de US$ 7 bilhões. Como o valor sonegado pertence a nós, povo brasileiro, gostaríamos de ter acesso à listagem com nomes e valores. Pensem bem a respeito e lembrem-se da força das redes sociais.
Vanderlei A. Retondo
Santo André

Agora eu sei!
Aumentos no combustível, na conta de luz, na taxa de juros, no Imposto de Renda, na conta de água, redução no crédito, alta da inflação etc. Eu ainda tinha remota esperança de que seria redução de gastos, enxugamento da máquina administrativa, corte nas despesas dos cartões de crédito corporativos e nas emendas parlamentares, priorização de projetos, redução das verbas de gabinete etc. Para ajustar a economia somente com aumentos (o povo sempre pagando a conta da incompetência) não precisaria um superministro. Agora entendo o que significa ‘herança maldita’.
Walmir Ciosani
São Bernardo 




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