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Educação Infantil começa o ano com 14.463 novas vagas na região

Medida foi possível graças a inaugurações de unidades e remanejamento de salas existentes no Grande ABC

Natália Fernandjes
Do Diário do Grande ABC
08/02/2015 | 09:58
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Nário Barbosa/DGABC


A Educação Infantil do Grande ABC (etapa escolar que contempla crianças com idade entre zero a 5 anos) ganhou 14.463 vagas entre 2014 e 2015. As oportunidades estão divididas entre cinco cidades: Santo André, São Caetano, Diadema, Mauá e Ribeirão Pires. O ano letivo, que teve início na última semana, conta com 78.584 alunos matriculados na rede pública.

 O município que mais criou vagas foi Santo André: 6.517 postos distribuídos entre creche (zero a 3 anos) e pré-escola (4 e 5 anos). O número de estudantes matriculados entre estas duas etapas de ensino neste ano é de 17.204. A meta da administração do prefeito Carlos Grana (PT) é abrir 715 oportunidades para que crianças iniciem a vida escolar até o fim do ano. A cidade não soube informar quantas pessoas aguardam em fila de espera atualmente, no entanto, o número era de 1.264 em 2014.

 A rede municipal de Diadema conta com 6.864 novos alunos na Educação Infantil em 2015. De acordo com a Secretaria da Educação, isso foi possível graças a gestão nas matrículas, substituindo a central de vagas pelo controle social da demanda, e também após reorganização do atendimento nesta etapa do conhecimento, conforme rege a LDB (Lei de Diretrizes e Bases). 

 Na comparação com o número de estudantes com idade entre zero e 5 anos matriculados no ano passado, houve alta de 31,64% em 2015 em Diadema. A promessa do prefeito Lauro Michels (PV) é abrir 617 vagas em creche e 700 na pré-escola ainda neste ano. Apesar de todos os esforços, a cidade mantém lista de espera de 4.000 crianças para creche e 1.315 para pré-escola.

 Em Mauá, a gestão do prefeito Donisete Braga (PT) conseguiu criar 344 vagas para receber crianças nas creches. A ação é fruto de readequação de espaços em dez escolas, segundo a Secretaria de Educação. Já no caso da pré-escola, não houve necessidade de novas oportunidades, tendo em vista o atendimento integral dos estudantes com 4 e 5 anos. O ano letivo teve início com 12.623 alunos matriculados. A expectativa é que até dezembro sejam abertos outros 400 postos, com a inauguração de duas creches.

 Ribeirão Pires, administrada pelo prefeito Saulo Benevides (PMDB), conseguiu incrementar a rede de ensino com 120 novas vagas para creche em 2015. Ainda assim, 453 crianças com idade entre zero e 5 anos aguardam oportunidade de estudar. Até o momento, estão matriculados 4.860 estudantes na Educação Infantil.

 São Caetano é a única cidade da região que não tem lista de espera por vagas em creche. Apesar disso, a administração do prefeito Paulo Pinheiro (PMDB) abriu 618 vagas entre 2014 e 2015.

 São Bernardo e Rio Grande da Serra não forneceram as informações solicitadas.

Cidades precisam abrir 20,6 mil oportunidades em creches em 5 anos

 Para se adequar à primeira meta prevista no PNE (Plano Nacional da Educação), sancionado em julho, o Grande ABC precisa criar, até 2020, pelo menos 20.670 vagas em creches (para atender crianças com idade entre zero e 3 anos). Isso porque a legislação determina atendimento de pelo menos 50% das crianças daqui a seis anos.

 A expectativa é que 65.397 matrículas sejam necessárias para cumprir o que determina o plano. Mauá é a cidade que mais precisa ampliar, em números absolutos, a oferta de vagas – terá de abrir 6.471 postos. Em Ribeirão Pires, são 608.

 Entre as sete cidades, apenas São Caetano cumpre a meta estipulada pelo PNE, já que atende 60,9% das crianças com idade entre zero e 3 anos. Apesar de a rede de ensino não possuir deficit de vagas, há de se considerar a não obrigatoriedade para que pais matriculem seus filhos na creche. A menor taxa de atendimento é observada em Rio Grande da Serra, com 17,9%.




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