Palavra do Leitor Titulo Artigo
Mulheres nos conselhos

Estive no encontro global de sócios da IIC Partners, realizado em Nova York, nos Estados Unidos, e um dos temas levantados no painel sobre mulheres em conselhos foi a criação de cotas para elas em conselhos de administração

Do Diário do Grande ABC
28/01/2015 | 09:05
Compartilhar notícia


Artigo

Estive no encontro global de sócios da IIC Partners, realizado em Nova York, nos Estados Unidos, e um dos temas levantados no painel sobre mulheres em conselhos foi a criação de cotas para elas em conselhos de administração. A Noruega foi o primeiro país a estabelecer, em 2003, lei que exige no mínimo 40% dos assentos dos conselhos para o sexo feminino. A França aprovou, em 2007, legislação que regulamenta percentual de pelo menos 25% delas no conselho.

O interessante do debate é que nenhuma das presentes defendia a estipulação de cotas nos Estados Unidos. Por quê? Por um lado, todo acionista está em busca do melhor perfil em seu conselho. Por outro, porque não haveria mulheres com track record (histórico) suficiente para alimentar os conselhos de todas as companhias norte-americanas. A melhor justificativa foi dada por estudo da ONG Catalyst, que aponta que empresas que têm mulheres no conselho têm desempenho financeiro melhor dos que as que não têm. Os números falam por si: 84% em retorno sobre vendas, 60% em retorno sobre capital investido e 46% em retorno sobre o patrimônio.

O debate sobre a diversidade de gênero nos conselhos de administração é ainda recente nas discussões da governança corporativa no Brasil. Contudo, ganha cada vez mais destaque com a adoção de regras ou adesões de outros países à presença feminina nos postos de liderança.

Nos últimos 20 anos, registramos na Fesa que aproximadamente 35% dos profissionais recrutados para nossos clientes são mulheres. Infelizmente são poucas as que chegam ao topo das organizações e, menos ainda, as que chegam aos conselhos. Segundo dados do IBGC (Instituto Brasileiro de Governança Corporativa), apenas 7,7% das mulheres ocupam posições nos conselhos de administração. Essa realidade precisa mudar, não apenas pela diversidade ou pela possibilidade de obrigatoriedade da lei, mas, novamente, porque melhora os resultados das empresas. É matemática que deveria por si só forçar a mudança de mind set (mentalidade).

O que posso dizer é que estamos atentos a este movimento, pois temos como um de nossos valores centrais a crença de que a diversidade traz riqueza. Contamos com a meta de ter 50% de candidatos apresentando diversidade – não só de gênero, mas de crenças, backgrounds etc. Não é tarefa fácil, mas estamos evoluindo com grande velocidade na identificação de mulheres para conselhos administrativos. Espero que as organizações encontrem espaço para que elas possam dar sua contribuição na esfera mais alta de suas organizações e, no fim do dia, lucrar com isso.

Denys Monteiro é CEO da consultoria Fesa.

Palavra do leitor

Pena de morte
“Ele sabia o que estava fazendo.” “Assumiu o risco e perdeu, agora deve aceitar as consequências.” Essas frases representam argumentos que supostamente justificam e legitimam a morte do brasileiro Marco Archer na República da Indonésia. No entanto, em meu entendimento, o contexto versa sobre questão muito mais profunda do que consciência e assunção de risco por parte de referido brasileiro, já executado. Trata-se de contexto no qual a Indonésia, enquanto integrante da Organização das Nações Unidas, descumpre e atinge frontalmente os valores que aceitou defender. Para ser mais específico, ocorre que a Indonésia, segundo sítio eletrônico da própria ONU, aderiu à Convenção Contra a Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, Desumanos ou Degradantes, precisamente em 28 de outubro de 1998. Nesta linha de raciocínio, a despeito de a Indonésia ser signatária do tratado internacional alhures, não cumpriu com sua palavra perante a comunidade internacional – e, pelo visto, não o fará tão cedo, eis que já iniciou os preparativos para a segunda rodada de fuzilamentos, entre cujas vítimas se encontra Rodrigo Gularte, outro compatriota que “sabia o que estava fazendo”.
Felipe Dias Chiaparini
São Caetano

Mau cheiro
Gostaria que a Sabesp se manifestasse depois desta reportagem sobre o mau cheiro na Billings (Setecidades, dia 26). Os moradores da região do Grande Alvarenga estão reclamando.
Mancha Gomes
São Bernardo

Resposta
Em resposta ao leitor Fernando Fideki Matunaga (Medicação, ontem), a Prefeitura de Santo André informa que está, neste momento, com desabastecimento de alguns medicamentos por problemas na licitação ou atrasos nas entregas por parte dos fornecedores. As áreas responsáveis trabalham para regularizar, o mais breve possível, a pontual situação. As farmácias das unidades podem orientar se há outros locais do SUS (Sistema Único de Saúde) que fornecem gratuitamente ou por baixo custo (Farmácia Popular) os medicamentos reclamados. Também é possível verificar com as equipes de saúde se existem outros remédios nos serviços públicos, que podem substituir o utilizado. Caso o paciente necessite de mais informações, poderá ir até a Ouvidoria SUS, localizada na Praça do Carmo, 14 (3º andar), região central de Santo André. O horário de funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 17h.
Prefeitura de Santo André

Assistência social
Venho mais uma vez alertar nossos prefeito e secretário de Assistência Social quanto ao que vem acontecendo há tempos no terminal de ônibus em frente à estação da CPTM. O local virou verdadeiro albergue. Homens e mulheres bebendo, comendo e dormindo. Verdadeira sujeira. E mais: mexendo com pessoas que circulam por perto. Já escrevi sobre isso e nada foi feito. Virou péssimo cartão postal para a cidade, uma vergonha. E o que causa tudo isso é Casa Amarela perto dos terminais, o que faz mendigos de outras cidades virem para Santo André. O que precisa é de melhor gestão social, pois tudo tem limite. Isso é assistência social, paga com dinheiro do município.
Maurício Goduto
Santo André

Aposentados
O Dia Nacional dos Aposentados, 24 de janeiro, por certo deve ter servido para que os quase 30 milhões de aposentados e pensionistas tenham feito pelo menos uma reflexão, ou seja, o que pode ser feito para mudar o quadro atual. O que tem de ser feito para que cada aposentado e cada pensionista se envolva na busca de vida melhor. E que pelo menos leve em consideração a experiência de quando participava das lutas de sua categoria. Que todos reflitam que é preciso estar presente em campanhas salariais organizadas pela sua entidade representativa. Quem luta, vence.
Uriel Villas Boas
Capital

Previsão
Conforme havia dito nesta coluna em dezembro, minhas lógicas previsões se concretizaram.Os famosos cumpanheros Suplicy e Padilha, perdedores nas urnas pela vontade do povo, terão cargos na prefeitura de São Paulo, onde o sr. Haddad é o prefeito.Chego à triste conclusão de que, infelizmente, não vale a pena irmos às urnas expressar nossas vontades, pois elas nunca serão respeitadas enquanto esse partido estiver no poder.
Thelma Ribeiro
Santo André  




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;