Nem Braudel, nem Prefeitura, revelaram o real motivo do rompimento. Certo é que a relação estava estremecida desde meados do segundo semestre do ano passado. Na época, o pivô da discórdia foi a forma de pagamento pelos serviços prestados pelo instituto. Para o Braudel, os R$ 10 mil mensais aos quais a instituição tinha direito deveriam ser quitados a cada três meses, em uma única parcela. A Prefeitura rebateu, dizendo que era inviável fazer o pagamento antecipado.
Segundo a Secretária de Defesa Social de Diadema, Regina Miki, com base nesse acordo, duas parcelas foram pagas ao instituto pela administração, referentes a setembro e outubro do ano passado. “Até agora, nos apresentaram relatórios referentes a esses dois meses. Por isso, entendo que nós não temos qualquer dívida pendente”, afirmou Regina. Informados sobre o posicionamento do município, representantes do instituto não confirmaram a existência da suposta dívida, que pode girar em torno de R$ 60 mil.
O rompimento, segundo as duas partes, não coloca um ponto final no trabalho de redução dos índices de criminalidade em Diadema. A maior prova disso é o fato de que não serão interrompidos os encontros mensais do Fórum de Violência e Segurança Pública, realizado mensalmente na Câmara da cidade. Paralelo a isso, a Secretaria de Defesa Social de Diadema também manterá o mapeamento dos indicadores de violência no município, que relaciona o tipo de ocorrência ao endereço onde ela se desenrolou.
“Percebemos que a cidade está madura o suficiente para dar continuidade ao trabalho que começamos a desenvolver em conjunto”, concluiu o pesquisador Nílson de Oliveira, um dos porta-vozes do Fernand Braudel.
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