A entrada do túnel, com cerca de 40 centímetros de diâmetro, estava camuflada sob caixas de papelão recheadas com pelo menos 20 sacos de terra que já havia sido retirada do túnel. Do alto da muralha, por onde circulam os carcereiros responsáveis pela vigilância da cadeia, nada podia ser visto. A suspeita se deu por uma estranha movimentação dos presos no pátio destinado ao banho de sol, que motivou uma revista surpresa na carceragem.
O buraco, aberto na cela três, estava completamente alagado e a água chegou a invadir parte da cela. Durante a escavação, os policiais acreditam que os presos podem ter rompido por descuido o sistema de esgoto da cadeia. O erro pode ter originado a movimentação dos detentos no pátio da carceragem, que resultou na revista dos policiais. O certo é que naquelas condições seria impossível concluir o plano de fuga.
Naquela cela dormiam 19 detentos, acusados pelos mais variados crimes. No fim do dia, o grupo foi indiciado por dano ao patrimônio, por ter destruído o chão da carceragem, e redistribuido para outras celas da cadeia. O xadrez onde foi aberto o túnel foi interditado e nos próximos dias deverá passar por reparos em sua estrutura.
Além das caixas de papelão e dos sacos de terra, foi encontrada uma broca, provavelmente usada pelos presos para romper a camada de mais de 20 centímetros de concreto que reveste o chão da cela.
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