A polêmica entre a tenista australiana de origem sérvio-montenegrina Jelena Dokic e seu pai Damir atingiu um nível inédito com a divulgação de que o destemperado ex-treinador da atleta pensou em jogar uma bomba atômica sobre Sydney por causa de uma derrota da filha.

"Eu pensei em jogar uma bomba atômica sobre Sydney depois que Jelena perdeu na primeira rodada do Aberto da Austrália", disse o polêmico Damir Dokic ao jornal sérvio-montenegrino Kurir, mencionado pela imprensa australiana. "Também pensei em matar um australiano para vingar-me, mas isto não me acrescentaria nada", disse Damir Dokic. A figura controversa acrescentou que a Austrália, com a ajuda da Croácia e do Vaticano, fez uma lavagem cerebral na filha.

Damir jamais aceitou o fato de Jelena ter decidido utilizar a nacionalidade australiana e abandonar o passaporte sérvio-montenegrino. O pai da tenista revelou que chegou a pedir o apoio de políticos de seu país para organizar o seqüestro de Jelena. "Porém, apenas dois estavam dispostos a me ajudar", lamentou.

Nascida em Belgrado, Jelena se instalou com a família na Austrália em 1994, quando tinha 11 anos, e se tornou uma das jogadoras mais promissoras de sua geração. Porém, as pressões insuportáveis de Damir e os constantes escândalos violentos nos quais se via envolvido praticamente arruinaram a carreira da jovem, vice-campeã no torneio de Wimbledon em 2000 e que depois desabou no ranking mundial. Atualmente ela é a jogadora número 370 do planeta.

A jovem chegou a abandonar o tênis e passou um período em paradeiro desconhecido, provavelmente na Croácia, antes de reaparecer no final de 2005 na Austrália.

No sábado passado, Damir afirmou que sua filha lhe deu no ano passado um milhão de dólares para que se mantenha afastado dela. "Não falei com meu pai em vários anos. Não permitirei que perturbe meu bem-estar. Morar na Austrália foi uma boa decisão", limitou-se a comentar a tenista ao tomar conhecimento das novas declarações do pai.