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SOS Bairros - Família de cadeirante pede asfalto
Isis Mastromano Correia
Especial para o Diário
08/03/2007 | 22:37
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Jardim Santista/Ribeirão Pires
Se locomover com cadeira de rodas em qualquer cidade da região não é muito fácil, mas a tarefa é especialmente pior na rua Caxias do Sul, onde vive a aposentada Jesuina Rosa da Silva cujo filho sofre de paralisia infantil.

Ela e os demais moradores do bairro reivindicam a pavimentação das ruas do Jardim Santista. A terra batida e os desníveis do solo dificultam a passagem dos pedestres.

Assim como o carro da reportagem teve dificuldades para acessar o local, o caminhão de coleta de lixo e ambulâncias sofrem o mesmo problema.

“Já perdi várias consultas de fisioterapia para meu filho porque o veículo que vêm buscá-lo não consegue chegar até minha casa”, conta Jesuina. “Quanto a gente sofre nesse lugar! Não temos nenhum conforto”, desabafa.

A dona-de-casa Rosângela Miranda relata que em dias de chuva é inevitável que os estudantes sujem os uniformes de lama. “Aqui está muito abandonado”, reclama.

O auxiliar de produção Ciro Antunes ressalta a dificuldade que os ônibus têm para servir o local. “As condições das ruas são tão ruins que os ônibus passam balançando e teve gente que chegou a machucar a coluna. Dois carros já tombaram nas valas de terra”, diz.

A Prefeitura informou que não há previsão para o asfaltamento e que visitará o bairro nesta sexta-feira para providenciar reparos emergenciais nas vias. (Supervisão de Artur Rodrigues)

Jardim Santo André/Santo André
O muro de contenção que deveria resolver o perigo de desmoronamento de um morro na rua dos Dominicanos continua inacabado. A primeira parte do projeto foi executada há cerca de seis meses. Mas um outro muro deveria ser construído na parte de cima do morro, onde uma casa perdeu aproximadamente 2 metros de quintal.

Além disso, a primeira parte não foi terminada, já que o muro deveria ser mais largo e mais alto. “Sempre que chove ficamos com medo aqui em casa. Os riscos de desabamento são grandes”, contou o vendedor Lenildo Bezerra da Silva, 32 anos. A casa dele é a que mais corre riscos.

A Prefeitura afirmou que não finalizou a obra por causa das chuvas. A administração pública deu prioridade a áreas com risco maior de desabamento.

Jardim Itapeva/Mauá
Os moradores da avenida Barão de Mauá têm de conviver com os inúmeros ratos que invadem as casas. A situação é crítica na altura do número 5.223, por onde passa um córrego.

Mesmo com todo transtorno causado pelos roedores, a maior reclamação das famílias é quanto ao tratamento dos funcionários do Departamento de Zoonoses.

“Uma das atendentes nos maltratou”, reclama a recicladora Maria Braga Doné. Se o prefeito não pode contratar profissionais qualificados demonstra não ter condições de administrar a cidade”, diz.

A Divisão de Controle de Zoonoses informou que a desratização será feita nesta semana, mas não se pronunciou quanto ao mau atendimento sofrido pela população. A Secretaria de Serviços Urbanos também prometeu a limpeza das margens. Nenhum dos departamentos informou a data das intervenções.

Bairro Baeta Neves/São Bernardo
O mato alto e a quantidade de buracos na escada que liga a rua Joana Zanolla Dêgelo a rua Itaúba dificulta a passagem dos moradores. Sem receber manutenção há seis meses, os degraus estão quase intransitáveis.

O segurança Elvis Costa Paiva, 31 anos, precisa atravessar a escada todos os dias para ir ao trabalho. Ele conta que além do mato que invade o local, as luzes raramente funcionam.

“Tenho medo de passar de manhã no escadão. É muito fácil para um bandido se esconder por lá. Mas o que posso fazer se é o único caminho.”, explica Paiva.

Muitos moradores afirmaram que usuários de drogas se alojam nos degraus durante toda a madrugada.

O local se transformou também em um depósito de lixo, com direto a sofás velhos e restos orgânicos. “Muitas crianças e idosos passam por aqui. Merecemos mais cuidado”, reclama o segurança.

O terreno ao lado das escadas é da Eletropaulo e muitas casas foram construídas nas proximidades das torres de eletricidade. A empresa alegou que não faz a manutenção do local porque espera uma decisão judicial de reintegração de posse.




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