A polícia de Mauá divulgou na tarde de ontem o retrato falado da suposta mãe que abandonou um recém-nascido dentro de uma mochila no domingo, no Jardim Cruzeiro, no município.

Trata-se de Adriana de Almeida, que aparenta ter aproximadamente 30 anos, é natural da Bahia, branca, magra e mede cerca de 1,63 metro.

O retrato falado da suspeita foi construída a partir do depoimento de uma pessoa que procurou a polícia voluntariamente, nesta semana. A mulher, que não foi identificada, comunicou à investigação que sua empregada doméstica estava grávida e que desapareceu há poucos dias. Ainda segundo a patroa, que mora na Vila Mariana, na Capital, o bebê estava previsto para nascer dia 21, dia em que o recém-nascido foi achado.

Adriana teria ido trabalhar na quinta-feira anterior ao dia do crime, mas não retornou ao trabalho e não deu mais notícias. "O objetivo é encontrar essa suposta mãe para saber se ela está com o filho ou não", explicou Paulo Vidoca , investigador do 3º Distrito Policial de Mauá, onde o caso está sendo investigado.

A patroa não soube informar onde sua funcionária mora e disse que Adriana trabalhava em sua casa havia cerca de três anos. De acordo com ela, a suposta mãe comentava com frequência que passava alguns fins de semana em Mauá, onde teria amigos.

A polícia conta com a colaboração da população para ajudar na identificação da possível mãe da criança. 

CASO
O bebê foi resgatado por policiais da 4º Companhia do 3º Batalhão da Polícia Militar de Mauá, após denúncia realizada pelo 190. A criança tinha quadro de hipotermia aguda, com 34 graus, estava coberta com pano com sangue e enrolada no cordão umbilical.

O recém-nascido está fora de perigo e deve ter alta na quarta-feira da Unidade Terapia Intensiva Neonatal do Hospital Nardini, em Mauá, onde recebeu dos funcionários o nome de Arthur.

De acordo com os médicos que fizeram o primeiro atendimento no domingo, o menino nasceu de 9 meses, por volta de duas horas antes de ser encontrado.

O Conselho Tutelar de Mauá confirmou que já existem famílias interessadas na adoção do bebê. A Justiça deve definir o destino da criança na semana que vem. O caso foi registrado como abandono de incapaz.