Ozzy Osbourne faz nesta quarta 55 anos e, mesmo sendo um veterano da banda rock Black Sabbath, pode-se dizer que ele atingiu o auge da carreira só recentemente. Tudo aconteceu graças ao reality show The Osbournes, produzido pela MTV norte-americana em 2001, que se tornou o programa mais assistido de toda a história da emissora musical. Nele, Ozzy e sua família – a mulher Sharon e os filhos Jack e Kelly – são filmados dentro de sua própria casa, uma caótica mansão em Beverly Hills. O programa deu tão certo que ganhou sua segunda temporada – e o cachê dos Osbournes subiu de US$ 2 milhões para US$ 20 milhões.

Para homenageá-lo, a MTV brasileira exibe nesta quarta, a partir das 19h30, um Fanatic MTV especial, que mostrará alguns dos seus videoclipes (a assessoria de imprensa da emissora não soube informar quais são).

Ozzy é mesmo um figurão. Enquanto as celebridades disputam a tapa um espaço na mídia armando situações e inventando tipos, ele conquistou o público sendo apenas ele mesmo. O melhor é que Ozzy está longe de ser um sujeito exótico. Como pai de família, ele se distancia – e muito – daquele vocalista tresloucado que arrancou a cabeça de um morcego em pleno palco. Desta história, poucos sabem, Ozzy odeia lembrar. É patético, mas ele acreditava que o animal era de borracha, e por isso deu a fatídica mordida.

Pois Ozzy é esse cara comum, pelo menos é o que mostra em The Osbournes. Vive mau-humorado, arrastando seus chinelos pelas casa e reclamando da bagunça feita pelos muitos cachorros que tem. Curiosamente, brigou com a filha adolescente (agora uma estrela pop) quando ela decidiu fazer uma tatuagem – esquecendo-se que ele mesmo tem inúmeros desenhos pelo corpo. Além disso, sua trajetória está entre as mais interessantes. Seu primeiro contato com a música, quando novo, foi testando buzina de carros.

Nesta segunda, o jornal londrino Daily Mirror publicou uma entrevista com Ozzy no qual ele afirma ter sido vítima de abuso sexual na infância. Segundo o roqueiro, isso aconteceu quando ele estudava num colégio na região central da Inglaterra. Ozzy também enfrentou problemas com álcool e drogas, que exacerbou um problema congênito que o faz tremer. Hoje, ele controla a doença com remédios. “Tomo dois comprimidos, três vezes por dia. Estou me sentindo muito melhor”.