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Brasileiro gastará R$ 337 com remédios
Alexandre Melo
Do Diário do Grande ABC
08/04/2011 | 07:14
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Tiago Silva/DGABC


O mercado de medicamentos no País deverá movimentar neste ano R$ 55 bilhões. Esse número significa que cada brasileiro gastará, em média, a quantia de R$ 337, apontam dados do Ibope Inteligência divulgados ontem, no Dia Mundial da Saúde.

Para chegar a essa média, o instituto fez uma pesquisa de orçamento doméstico, cruzamento de informações do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e dados do varejo fármaco. A projeção considera apenas as despesas de pessoas físicas.

O diretor de atendimento e planejamento do Ibope, Antonio Carlos Ruótolo, destaca que a classe C é responsável pela fatia de 42% desse consumo. A massa de 101,6 milhões de pessoas representará R$ 23,1 milhões em compras de medicamentos.

"A chamada nova classe média responde por 50,4% dos domicílios urbanos. Apenas no próximo levantamento saberemos se o brasileiro está comprando mais medicamentos", afirma Ruótolo. O executivo observa que não há muita diferença de gasto entre as regiões do País.

DIVISÃO - O Sudeste lidera ao desembolsar R$ 30,1 bilhões com medicamentos. A população do Sul deve consumir, em média, R$ 9 bilhões, seguida pelo Nordeste (R$ 8,7 bilhões), Centro-Oeste (R$ 4,25 bilhões) e Norte (R$ 2,72 bilhões).

A despesa anual per capita (por habitante) também é bastante equilibrada. Ruótolo pontua que no Sudeste a média de gasto é mais elevada, cerca de R$ 400, enquanto no Sul as pessoas deverão desembolsar em média R$ 386 (veja arte acima).

"Ao contrário de algumas categorias de consumo, em que a população com maior renda lidera os gastos, com remédios não é assim. O valor desembolsado é proporcional ao tamanho da classe social", diz o executivo do Ibope.

Os moradores da região Nordeste, que terá fatia de 15,1% do mercado fármaco, deverão movimentar em torno de R$ 224 neste ano. Já o Norte do País, com potencial de consumo de 5% e o Centro-Oeste, de 8,6%, devem registrar consumo por habitante de R$ 228 e R$ 334, respectivamente.

Em todas as localidades pesquisadas, a classe C tem o maior potencial de consumo, seguida da classe B. O estrato social A aparece em seguida, enquanto a base da pirâmide, as classes D e E, representam apenas 10% desta projeção para consumo.

INFLAÇÃO - O Ibope não considerou o aumento do preço dos remédios, mas pesquisa da Fecomercio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) mostra que, em março, itens usados popularmente para combater a gripe como laranja e limão encareceram 1,79%.

O preço dos medicamentos em geral, nas drogarias, subiu 0,45% na comparação entre fevereiro e o mês anterior, o que deve contribuir para elevar o gasto dos paulistas no consumo desses produtos.




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