Economia Titulo
2006 foi o ano da construção civil
João Guimarães
Especial para o Diário
23/01/2007 | 23:33
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A construção civil tem motivos de sobra para comemorar. Segundo dados divulgados pela Abramat (Associação Brasileira das Indústrias de Materiais de Construção), o setor fechou 2006 com um crescimento de 4,23% em relação ao ano anterior. Esse valor representa a soma dos faturamentos dos mercados interno e externo em vendas de artigos para construção, como cimento, materiais elétricos, acabamento, fechaduras, entre outros itens.

O balanço do setor mostra exatamente dois períodos distintos vividos pela econonomia nacional no ano passado. O primeiro se deve ao baixo valor do dólar, cujo efeito foi sentido no recuo de 6,42% nas vendas externas do segmento.

O segundo se deve ao forte aquecimento sentido pelo mercado da construção com o pacote de incentivos lançado pelo governo em fevereiro de 2006. O impacto desse programa gerou expansão de 5,63% nas vendas feitas pelo setor junto ao mercado interno.

Para o presidente da Abramat, Melvyn Fox, o aquecimento do mercado interno foi o real motivo de alegria para o setor. Segundo ele, a maior parte das vendas aconteceu na construção habitacional, alimentadas pelas desonerações de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados), subsídios de FGTS e liberações de financiamentos a baixo custo pela Caixa Econômica Federal. “O governo não incentivava a construção civil desta forma há mais de 20 anos”, relata Fox.

Promessas - Fox acredita que 2007 também terá um crescimento considerável. Para ele, apesar de quase não terem sido citadas no PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) as desonerações de produtos que compõem a cesta básica de materiais devem ser intensas este ano.

“O PAC é um projeto muito extenso. Acredito que eles tenham separado uma coisa da outra para facilitar”, declara. “As desonerações estimulariam a população carente. O que é exatamente o objetivo deste Governo”, diz. “Acredito que os números ficarão 7% ou 8% maiores em relação à 2006”, destaca.



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