Setecidades Titulo Fim do mistério
Jovem de Santo André aparece após 9 dias

Problemas no emprego teriam motivado fuga da
estudante de Administração Larissa Piza, 20 anos

Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
18/01/2015 | 07:00
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Orlando Filho/DGABC


O toque do telefone às 23h30 de sexta-feira trouxe alívio para a família da estudante de Administração Larissa Piza, 20 anos, moradora de Santo André que estava desaparecida desde o dia 8. Foi nesse horário que ela ligou para casa e pediu ao pai que a buscasse no Terminal Rodoviário do Tietê, na Capital. A última informação que se tinha é que a garota havia comprado, na data de seu sumiço, passagem de ônibus para o Guarujá, no Litoral, onde passou o Réveillon.

“Minha sobrinha atendeu e a Larissa disse que queria falar comigo. Ela falou: ‘Pai, vem me buscar.’ Pensei que fosse trote, mas pedi que ela dissesse meu nome, o da irmã e vi que era ela”, contou o pai, o metalúrgico Rubens de Toledo Piza, 50. Acompanhado de familiares, ele foi ao local e encontrou a filha abatida, trajando as mesmas roupas de quando desapareceu, mas sem bolsa e celular. Portava apenas o RG e alguns trocados.

Vendo que a universitária estava abalada, Piza não fez indagações. “Preferi não questionar, porque percebi que ela não estava em condições de falar. No caminho, ela foi dando um alô para a família, pelo telefone, para tranquilizar.”

Na manhã de ontem, Larissa estava em sua residência, no bairro Centreville, mas os parentes pouparam-na do contato com jornalistas. “Está abatida. Eu queria levá-la ao médico, mas ela não quis”, falou a mãe, a diarista Maria Leonildes da Silva Piza, 49.

À tarde, a jovem foi levada ao 4º DP (Jardim), onde foi feito boletim de ocorrência para oficializar o aparecimento. Com a pele queimada do Sol, ela não falou com a imprensa. No depoimento à delegada Nathalie Murcia Rodrigues, Larissa disse que a fuga foi motivada por problema ocorrido na agência de viagens onde trabalha. Ela ficou responsável pela reserva de três cabines em um cruzeiro, mas só efetuou a pré-reserva. Sem confirmação, a venda foi feita para outros clientes. Ela, então, conseguiu vagas em outros quartos, localizados em setor mais caro. Para não onerar os turistas, passou R$ 8.000 no cartão do pai.

Larissa contou que esteve em diversos locais, sendo o último o município de Aparecida, no Interior. A garota relatou que estava alheia à repercussão do caso e que esteve sozinha durante todo o tempo. “Ela se utilizou de hospedagens pagas”, explicou a delegada. Amanhã, a universitária será ouvida pelo Departamento de Homicídios. 




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