Foram exportados em 99, 4,06 milhoes de pares, contra 3 6 milhoes de pares em 98. Em 93, no auge da indústria calçadista de Franca, o volume de exportaçoes chegou a 14,5 milhoes de pares, que já caiu em 94 para 11,7 milhoes de pares. Em 95, o volume foi ainda menor, com 7,4 milhoes, que passaram para 6 milhoes em 96 e 4,7 milhoes em 97.
Real - A causa mais apontada para a queda é a valorizaçao do Real, que fez com que o preço do calçado brasileiro perdesse competitividade no mercado externo. Nos últimos anos, as empresas que tentaram se manter no mercado tiveram que investir em tecnologia de suas instalaçoes para aumentar produtividade, melhorar a qualidade do produto e reduzir custos. Apesar disso, o calçado brasileiro perdeu espaço no mercado externo e, segundo empresários locais, deverá retomar o posto anteriormente ocupado somente em mais de cinco anos. "Se ocupar", costuma dizer o empresário Carlos Brigagao, da Sândalo.
Em sua opiniao, o mercado já está completamente tomado. "O que nos resta de opçao é criar novos mercados e ir atrás do consumidor que ainda nao recebe o calçado brasileiro", diz ele, citando o exemplo de sua empresa que acaba de fechar negócio para exportar para o México. A Sândalo será a primeira de quatro empresas que fecharam parceria com indústrias mexicanas que deverao comercializar seus calçados naquele país. Faturamento - O faturamento da indústria calçadista de Franca nao registrou os mesmos índices de crescimento do volume exportado pelo município segundo apontou a pesquisa. O crescimento do faturamento de 99 para 98 foi de 1,85% passando de US$ 69,38 milhoes em 98 para US$ 70,67 milhoes no ano passado. A explicaçao para a reduçao no faturamento nao está só por conta da desvalorizaçao do Real, mas sim por causa de uma queda de 9,8% no preço médio do sapato produzido em Franca no mercado internacional. O preço médio caiu de US$ 19,27 para US$ 17,38.
Em 93, o faturamento da indústria calçadista de Franca chegou a bater nos US$ 228 milhoes, caindo para US$ 199 milhoes no ano seguinte e US$ 151 milhoes em 95. Em 96, o volume faturado foi de US$ 122 milhoes e em 99, de US$ 92 milhoes. A expectativa este ano, segundo o diretor do Sindciato Carlos Brigagao, é de que a indústria calçadista de Franca apresente um crescimento em torno de 10%. "Isso considerando que o país conseguirá obter o crescimento econômico desejável, em torno dos 4%", comentou.
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