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Anima Mundi é atração em SP
Nelson Albuquerque
Do Diário do Grande ABC
21/07/2003 | 18:35
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São Paulo assiste, de quarta-feira até o próximo domingo (dia 27), a 11ª edição do Anima Mundi. O festival traz 586 curtas e longas-metragens em animação, além de filmes publicitários e seriados de dezenas de países. As sessões acontecem em seis endereços e têm ingressos gratuitos ou a R$ 2 e R$ 4. De 11 a 20 deste mês, o evento foi realizado no Rio e reuniu um público de cerca de 55 mil espectadores.

Para as mostras competitivas foram selecionados 438 trabalhos. O Brasil comparece com 101 produções, seguido do Reino Unido (com 58), Estados Unidos (48) e França (40). São 39 países no total. Da quantidade, tira-se uma boa variedade de técnicas: traço tradicional, computação gráfica, massinha, tinta sobre papel, 3D e vários experimentalismos.

Outro destaque da programação são os artistas convidados. Entre eles o brasileiro Arnaldo Galvão tem uma considerável retrospectiva. Na mostra paulistana, ainda podem ser vistos trabalhos de Janet Perlman, Koji Yamamura, Phil Mulloy e Vera Neubauer, entre outros.

Galvão participou de todas edições do Anima Mundi. Na primeira, em 1993, teve selecionados os curtas Uma Saída Política e Disque N para Nascer. Uma de suas melhores participações foi em 2000, com Almas em Chamas, uma história que mistura sexo e tragédia em um romance entre um bombeiro e uma dançarina. O currículo do artista conta com animações para a série Castelo Rá-Tim-Bum, da TV Cultura, e para o comercial Aquarela, da Faber Castell, além de muitos filmes infantis e educativos.

O britânico Phil Mulloy está presente com seu humor áspero. Ele traz 12 produções de cinema que são exibidas em uma sessão de 94 minutos. Recomendação dos organizadores: Mulloy é desaconselhável para menores de 16 anos. Em The Chain, por exemplo, os rabiscos de uma criança levam todos à guerra.

Gigantes da animação também têm espaço. Há a mostra paralela da Cartoon Network e a retrospectiva da Pixar. Autora dos sucessos Monstros S.A. e Toy Story, a Pixar participa com alguns de seus curtas-metragens, entre eles O Jogo de Geri (eleito pelo júri popular no Anima Mundi em 1998). Constam ainda na agenda mostras francesas e uma retrospectiva belga.

O estúdio paulistano Weba volta ao festival com a série Crássicos da Periferia, de Marcelo Castro. Quando fez o primeiro episódio, o autor tinha seu estúdio em Diadema. Agora, participa da Mostra Brasil com o terceiro capítulo, Lotação pro Inferno.

Outro trabalho brasileiro interessante é o vídeo As Gêmeas do Pacujá, que integra a série Cordel Vivo. A produtora ProDigital apresenta o filme como o primeiro desenho animado inspirado na literatura de cordel.

Encontros e prêmios – A programação reserva oito horários para o Papo Animado, que são encontros com os realizadores de animação. São eles: Philippe Moins (quarta-feira, 18h, no CCBB), Koji Yamamura (quarta-feira, 19h, Sesc Vila Mariana), Judith Gruber (quinta, 18h, no CCBB), Pixar (quinta, 21h, no Directv), Janet Perlman (quinta, 19h, no Sesc Vila Mariana), Filmakademie (sexta, 19h, no Sesc Vila Mariana), Phil Mulloy (sexta, 20h30, no ACBB) e Arnaldo Galvão (sábado, 20h30, no ACBB).

As mostras competitivas têm eleições por meio de júri popular e profissional. O público escolhe os melhores filmes em curta-metragem, animação infantil, curta em vídeo, filme brasileiro e vídeo brasileiro. Já os profissionais da área elegem melhor filme, vídeo, animação brasileira, especial do júri, primeira obra, porta-fólio e especial. Os prêmios variam de R$ 2 a R$ 5 mil.




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