O cabo Carlos Alberto de Gois, 43 anos, foi identificado pela polícia em razão do carro usado no seqüestro, um Opala escuro, de sua propriedade. Uma testemunha do seqüestro anotou as placas do veículo: BRF 8241.
No momento em que a vítima foi levada do estabelecimento comercial, três homens desceram e se identificaram como policiais. Um deles, segundo reconhecimento formal, era Gois. Sua prisão temporária já foi expedida pela juíza corregedora de Mauá, Ida Inês Del Cid.
O soldado Rafael Hebert da Silva Sanchez, 27 anos, foi localizado depois que o cabo revelou em seu depoimento tê-lo visitado no dia do crime. Com essa informação, uma equipe de investigadores do 1º Distrito Policial de Mauá, com apoio de policiais da Dise (Delegacia de Investigação Sobre Entorpecentes), que apuram casos de seqüestros, confirmaram que Rafael é policial no mesmo batalhão em que Gois trabalha.
A Corregedoria da PM trouxe o soldado para o DP, que também foi reconhecido pela mesma testemunha que incriminou o cabo Gois. Mesmo com as evidências, ambos negam o crime. Da delegacia, Rafael saiu direto para o Presídio Romão Gomes.
O terceiro homem visto pela testemunha ainda não foi identificado. A equipe de investigação não descarta a hipótese de ser um outro policial militar. Para esclarecer a dúvida, o comerciante passará por todos os batalhões da PM do Grande ABC, para tentar reconhecer outro militar.
Resgate – Depois que saíram do estabelecimento comercial com a vítima, um dos policiais desceu do carro e, ainda em Mauá, ligou para a filha da vítima, pedindo R$ 100 mil. Os valores foram reduzidos até chegar a R$ 5 mil, que deveriam ser pagos pelo comerciante em dois cheques de R$ 2 mil e o restante em dinheiro. Mais tarde, baixaram para R$ 4 mil.
O comerciante foi abandonado em Diadema, perto do 22º Batalhão. De lá, seguiu de ônibus até o Terminal São Mateus e ligou para os parentes irem buscá-lo.
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