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Rodoviários decidem hoje se chegam a acordo
Renan Fonseca
Do Diário do Grande ABC
09/06/2011 | 07:13
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O Sindicato dos Rodoviários do ABC realiza hoje duas assembleias com a categoria para repassar informações sobre a negociação salarial. Só que nem representantes da categoria nem dos empresários revelaram o que foi discutido ontem no Tribunal Regional do Trabalho, na Capital, e que será apresentado aos trabalhadores. A primeira reunião será às 9h; a segunda, às 16h, na porta do sindicato, em Santo André.

O mais provável é que a proposta de reajuste salarial fique nos 7,8% definidos pela Justiça na semana passada e sobre o vale-refeição, hoje de R$ 12, sem estendê-lo às férias, como quer a categoria. Os rodoviários pedem 15% de reajuste nos salários.

Na sexta-feira, o TRT suspendeu o julgamento do dissídio por dez dias, para que empresas e funcionários entrem em acordo. Assim, a greve iniciada no dia 1° foi suspensa e os ônibus voltaram às ruas, depois de dois dias de caos para os usuários de transporte coletivo do Grande ABC.

As negociações entre as partes foram retomadas, mas usuários têm comentado que ouviram de cobradores e motoristas a possibilidade de a paralisação ser retomada no dia 15, quando expira o prazo concedido pelo tribunal. Nos ônibus, os trabalhadores parecem desconfiados.

"O sindicato não quer pagar multa. O jeito é esperar o que os patrões vão oferecer", disse um motorista, que preferiu manter o anonimato.

O presidente do sindicato, Francisco Mendes da Silva, o Chicão, negou os rumores e garantiu que as negociações vão prosseguir com todos os profissionais trabalhando normalmente. "Nada de greve. Estamos em conversas e vamos apresentar logo uma solução para os companheiros", disse o dirigente sindical.

A Justiça ainda deve decidir se a multa de R$ 200 mil será cobrada do sindicato pela decisão de ir à greve sem respeitar o prazo de 48 horas e por não manter o mínimo de 80% dos ônibus nas ruas, conforme determinação do TRT. O tribunal considerou, também, que a paralisação foi abusiva pelos mesmos motivos.

Endurecimento

Se patrões e funcionários não definirem acordo, o tribunal pode cobrar R$ 400 mil do sindicato por conta dos dois dias de paralisação. Os grevistas também podem ter o período descontado na folha de pagamento.




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