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Pesquisa ajuda a definir políticas para deficientes no ABC
Samir Siviero
Do Diário do Grande ABC
16/10/2003 | 22:08
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O Grande ABC tem cerca de 245 mil pessoas portadoras de algum tipo de deficiência, o que equivale a 10,5% de toda a população local. O índice é menor do que a média nacional, de 14,5%. A renda dos deficientes que trabalham varia de R$ 468 em Rio Grande da Serra a R$ 1,4 mil em São Caetano. Esses são alguns dos números da pesquisa Retratos da Deficiência no Brasil, feita pelo Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas e pela Fundação Banco do Brasil. O levantamento foi divulgado nesta quinta-feira.

A pesquisa tem números de todos os municípios do país e foi baseada em dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e dos ministérios do Trabalho, Saúde, Educação e Previdência e Assistência Social. Das 245 mil pessoas com deficiência na região, 178 mil têm entre 15 e 65 anos e estão entre a população economicamente ativa.

Entre os municípios do Grande ABC, Rio Grande da Serra é a cidade com a maior porcentagem de portadores de deficiência entre os munícipes: 12,49%. Ribeirão Pires tem 12,07%; Santo André, 11,02%; São Caetano, 10,86%; Mauá, 10,67%; São Bernardo, 10,09%; e Diadema, 8,81%. A idade média dos deficientes na região varia de 43,4 anos em Diadema a 57 anos em São Caetano.

O estudo tem o intuito de definir o universo de portadores de deficiência para balizar ações políticas e medidas dos setores público e privado que melhorem as condições de vida dessas pessoas. A pesquisa avalia ações de inserção social em áreas como saúde, educação, renda e acessibilidade, por exemplo, além de definir a participação dessas pessoas na economia brasileira.

O índice de portadores de deficiência com escolaridade inferior a um ano é maior em Diadema, onde atinge 20,37%; e menor em São Caetano, com 14,48%. Em São Caetano fica a maior concentração de deficientes idosos: 49,21%. Nos demais municípios, os índices giram em torno de 20%, chegando a 34% em Santo André.

A grande maioria dos portadores de deficiência não têm computador em casa.

A melhor situação, nesse caso, também está entre os que moram em São Caetano, onde 29% estão informatizados. Mauá, onde 89,93% não têm computador, é a cidade mais deficitária nesse caso.

Os dados do Censo 2000, feito pelo IBGE, são a grande base para a pesquisa, onde se considera deficiente a pessoa que tem pouca ou grande dificuldade para andar, enxergar ou ouvir, além de problemas motor ou mental.

Os resultados da pesquisa permitem identificar público-alvo de ações políticas, de acordo com as necessidades de cada município.

O estudo cruza dados gerais de serviços públicos com informações sobre as condições financeiras dos deficientes. Isso possibilita a criação de mapas de renda, miséria e sociabilidade, o que serve para mostrar a diferença na distribuição dos municípios dentro do estado.




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