Os palestrantes são chamados por Rosário de “a vanguarda da reflexão cinematográfica”. São eles: Ivana Bentes, pesquisadora e professora da UFRJ; Carlos Alberto Mattos, crítico; Jean-Claude Bernardet, pesquisador e colaborador de roteiros, entre eles Um Céu de Estrelas, de Tata Amaral; Luiz Zanin Oricchio, crítico; e Lucia Nagib, professora da Unicamp.
Rosário abre o evento nesta quarta com o tema Cinema Brasileiro da Retomada. Ela falará sobre os filmes nacionais produzidos com o fim do governo Fernando Collor – que extinguiu a Embrafilme – usando as leis do Audiovisual e Rouanet, que incentivaram a produção a partir de 1994 e 1995. Rosário destaca nesse período a presença de público que saltou, de insignificantes 0,4%, para quase 10%. Ainda inferior aos 35% atingidos no auge da Embrafilme, responsável pela produção e distribuição de filmes no país, mas é um crescimento real.
Entre os temas desta quarta – diálogo TV e cinema, novos talentos, regionalização da produção – dois se destacam: negros como protagonistas e o crescimento do cinema feito por mulheres. “Ainda são minoria, mas nunca as mulheres fizeram tantos filmes quanto na década passada, no mínimo uns 20”, disse Rosário. Cidade de Deus é o grande exemplo da presença de negros no cinema brasileiro. “O cinema olha mais para a exclusão social ante ao estilo novo-rico sem vínculos com a realidade”, afirmou.
Interessados em participar da palestra devem se inscrever pelos telefones 4123-8083 e 4332-3573. A entrada é franca.
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