Direitos do consumidor Titulo Pesquisa
Publicidade de alimentos
Do Diário do Grande ABC
12/12/2014 | 07:12
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Você sabia que os níveis de obesidade e sobrepeso da população brasileira, incluindo as crianças, são preocupantes? Segundo pesquisa do Ministério da Saúde divulgada no primeiro semestre, 50,8% da população brasileira de adultos está acima do peso. O problema atinge todas as faixas etárias, grupos de renda e regiões brasileiras. Além disso, também aumentam os índices de DCNTs (Doenças Crônicas Não Transmissíveis), como problemas cardiovasculares, diabetes e câncer. Segundo uma publicação do mesmo ministério, cerca de 72% das mortes no Brasil em 2007 foram causadas por DCNTs.

 Felizmente, o tema tem mobilizado o Congresso Nacional. Desde o ano 2000 até agosto, a Câmara e o Senado colocaram em pauta nada menos do que 81 PLs (Projetos de Lei) propondo novas regras para o marketing e a publicidade de alimentos ultraprocessados – ricos em sal, açúcar ou gordura saturada, e cujo consumo elevado é considerado uma das causas da epidemia de obesidade e DCNTs. Foi o que levantou pesquisa feita pelo Idec, chamada Publicidade de alimentos não saudáveis: os entraves e as perspectivas de regulação no Brasil, realizada entre agosto e setembro, e cujos resultados completos estão publicados em livro lançado recentemente. 

 Os resultados do levantamento mostram que, apesar do grande número de projetos de lei sobre regulação da publicidade de alimentos, ainda é preciso avançar na qualidade e pertinência dos temas abordados. O estudo feito pelo Idec pretende contribuir para ampliar e qualificar a atuação da sociedade civil organizada para pressionar o Poder Legislativo. As propostas contidas nos PLs são variadas: restringir a propaganda desses produtos para crianças e em escolas; banir a distribuição de brindes; e incluir alertas sobre os riscos de seu consumo excessivo estão entre as mais frequentes. Nenhuma delas, porém, foi aprovada até hoje. 

 Por que restringir? A relação entre o consumo excessivo de alimentos ultraprocessados e o risco de doenças crônicas é amplamente reconhecida pela comunidade científica e pela OMS (Organização Mundial da Saúde). Pesquisadores apontam que esses produtos vêm paulatinamente substituindo refeições menos processadas ou in natura que fazem parte da cultura de diversos povos. No Brasil, por exemplo, o arroz com feijão tem dado lugar a pratos congelados, embutidos, bolachas e salgadinhos. Em geral, esses alimentos possuem açúcar, sódio e gordura em excesso.

 Então, aqui fica o nosso alerta! Prefira consumir alimentos mais naturais e menos processados e industrializados. Nosso país tem grande variedade de frutas, verduras e legumes. Antes de comprar alimentos industrializados, analise as informações da embalagem e evite os que contêm muito sal, açúcar ou gordura saturada. A sua saúde agradece! 




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