Política Titulo Santo André
Funcionalismo fica sem abono pelo 3º ano consecutivo
Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
07/12/2014 | 08:39
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Nario Barbosa/DGABC


Os servidores públicos de Santo André ficarão sem abono de Natal pelo terceiro ano consecutivo. Sob a justificativa de problema no fluxo de caixa, o governo do prefeito Carlos Grana (PT) não dará o benefício financeiro ao funcionalismo. São 16 mil envolvidos, entre ativos e inativos. Por meio de nota, a Prefeitura confirmou que o “Orçamento não permite conceder o adicional” neste exercício. O Paço já adiantou que deve fechar as contas em dezembro com deficit superior a R$ 100 milhões.

O último auxílio foi dado no ano de 2011, com a aplicação de R$ 500 na conta dos servidores. Em 2010, foram R$ 400 e, em 2011, R$ 500, durante a gestão de Aidan Ravin (PSB). No exercício derradeiro da administração João Avamileno (PT), em 2008, mesmo com a derrota petista nas urnas, houve repasse de R$ 700 de acréscimo natalino. Conforme o texto do documento oficializado no Paço, naquela oportunidade, o abono “nada mais que um reconhecimento da contribuição” do trabalho.

No ano passado, em seu primeiro ano de mandato, Grana alegou que existia “impossibilidade” diante da situação econômica complicada. O petista anunciou ter herdado rombo da ordem de R$ 117,3 milhões, o que obrigou a equipe técnica a adotar contingenciamento da peça orçamentária. “Adoraria poder dar esse benefício aos trabalhadores, até por justiça aos serviços prestados ao município, porém não temos recursos. Estamos sem condições disponíveis”, disse, à ocasião.

O Paço apresentou plano de reajuste a três categorias a partir de 2015: engenheiros e arquitetos, motorista de Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e agentes fiscais.

Diretor do Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos) de Santo André, Carlos Alberto Pavan criticou a falta de valorização do funcionalismo. Segundo o sindicalista, embora o benefício seja paliativo, o abono acaba ajudando nas festas de fim de ano, uma vez que já foi detectado que há defasagem na remuneração da maioria das categorias na cidade. “Eles justificam atraso no pagamento de prestadores de serviço, mas, para nós, a situação demonstra que não existe vontade política.”




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