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Chácara Pignatari é alvo de vandalismo
Nicolas Tamasauskas
Do Diário do Grande ABC
17/01/2002 | 21:02
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  Com área de 31,4 mil m², a Chácara Pignatari, no segundo subdistrito de Santo André, em Utinga, é freqüentemente alvo de vandalismo. Os prédios que existem na unidade – um dos principais parques da cidade – estão cobertos por pichações. Torneiras dos banheiros e luminárias são roubadas com freqüência. Além disso, uma brinquedoteca mantida pela Prefeitura foi invadida há cerca de dois meses e a Emia (Escola Municipal de Iniciação Artística) existente sofreu uma tentativa de invasão no início do ano.

Funcionários e freqüentadores da Chácara atribuem o problema à falta de segurança no local, embora exista um posto da Polícia Militar junto a um dos muros do parque. No começo da tarde desta quinta, o posto estava vazio.

Os sanitários são os recordistas em vandalismo. Inteiramente pichados, tiveram torneiras, canos de mictórios e chuveiros arrancados. As três quadras também têm pichações, assim como a Emia e a brinquedoteca. A Emia teve duas janelas quebradas. Lâmpadas fluorescentes que existiam ao lado da escola foram furtadas há seis meses e nunca mais repostas. Há dois meses, a brinquedoteca foi invadida e a Secretaria de Cultura colocou blocos de concreto em vãos que existem sobre a parede, por onde as pessoas teriam entrado.

O parque funciona até as 20h e é cercado por grades. Mesmo durante o dia, é comum o vandalismo e o uso da área para consumo de drogas. “Não existe segurança. Desde que a Prefeitura tomou posse (o parque foi do empresário Francisco Baby Pignatari até a década de 70), é um parque para inglês ver”, disse o industrial Emílio Carlos Tieghi, 59 anos, que nasceu no bairro.

Segundo o secretário de Serviços Municipais, Klinger Luís de Oliveira Sousa, o parque passa por reformas todo ano. “Falta civilidade de alguns usuários. Se tivéssemos agilidade para atuar logo após os atos, a tendência seria de desaparerem.”  

Segundo o secretário, a Prefeitura assinou neste mês o contrato para o Programa de Revitalização Urbana, que prevê investimentos de R$ 1,5 milhão na recuperação de áreas verdes em toda a cidade, o que inclui a Chácara Pignatari. As reformas deste ano devem começar no mês que vem.

Uma reunião entre membros da Secretaria de Combate à Violência, Polícia Militar e do Conseg (Conselho Comunitário de Segurança), na quarta-feira, discutiu aspectos para a implementação de uma base comunitária, ainda sem prazo, em substituição ao posto da PM.

“Hoje, os guardas municipais fazem duas rondas dentro do parque – de manhã e à tarde. Com a base, seria possível intensificar essas atividades”, afirmou o secretário-adjunto de Combate à Violência Urbana, Geraldo Jânio Vendramini. “Com a base Sacadura Cabral, caiu em 60% o número de pichações nas áreas próximas”, disse o capitão da PM José Roberto Castro.




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