Funcionários e freqüentadores da Chácara atribuem o problema à falta de segurança no local, embora exista um posto da Polícia Militar junto a um dos muros do parque. No começo da tarde desta quinta, o posto estava vazio.
Os sanitários são os recordistas em vandalismo. Inteiramente pichados, tiveram torneiras, canos de mictórios e chuveiros arrancados. As três quadras também têm pichações, assim como a Emia e a brinquedoteca. A Emia teve duas janelas quebradas. Lâmpadas fluorescentes que existiam ao lado da escola foram furtadas há seis meses e nunca mais repostas. Há dois meses, a brinquedoteca foi invadida e a Secretaria de Cultura colocou blocos de concreto em vãos que existem sobre a parede, por onde as pessoas teriam entrado.
O parque funciona até as 20h e é cercado por grades. Mesmo durante o dia, é comum o vandalismo e o uso da área para consumo de drogas. “Não existe segurança. Desde que a Prefeitura tomou posse (o parque foi do empresário Francisco Baby Pignatari até a década de 70), é um parque para inglês ver”, disse o industrial Emílio Carlos Tieghi, 59 anos, que nasceu no bairro.
Segundo o secretário de Serviços Municipais, Klinger Luís de Oliveira Sousa, o parque passa por reformas todo ano. “Falta civilidade de alguns usuários. Se tivéssemos agilidade para atuar logo após os atos, a tendência seria de desaparerem.”
Segundo o secretário, a Prefeitura assinou neste mês o contrato para o Programa de Revitalização Urbana, que prevê investimentos de R$ 1,5 milhão na recuperação de áreas verdes em toda a cidade, o que inclui a Chácara Pignatari. As reformas deste ano devem começar no mês que vem.
Uma reunião entre membros da Secretaria de Combate à Violência, Polícia Militar e do Conseg (Conselho Comunitário de Segurança), na quarta-feira, discutiu aspectos para a implementação de uma base comunitária, ainda sem prazo, em substituição ao posto da PM.
“Hoje, os guardas municipais fazem duas rondas dentro do parque – de manhã e à tarde. Com a base, seria possível intensificar essas atividades”, afirmou o secretário-adjunto de Combate à Violência Urbana, Geraldo Jânio Vendramini. “Com a base Sacadura Cabral, caiu em 60% o número de pichações nas áreas próximas”, disse o capitão da PM José Roberto Castro.
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