Depois de três reuniões, a categoria dos frentistas de postos de combustível conquistou reajuste salarial de 9% para este ano. E, assim, fechou o acordo, mesmo sem garantir todas as reivindicações. Na pauta da campanha, entregue em janeiro, a base pedia aumento de 5%, PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e reajuste no vale-refeição.
A decisão contempla cerca de 3.000 trabalhadores no Grande ABC, que estão divididos em cerca de 390 postos ativos.
O acordo firmado ontem também garante aos trabalhadores piso salarial de R$ 729,22 - eles pediam R$ 800. Até então, a renda era de R$ 669. "Além disso, conquistamos os 30% de periculosidade sobre o salário-base", afirma o presidente do Sindicato dos Frentistas do ABC, Miguel Gama Neto.
Ele explica que o cálculo desse percentual é feito para as atividades de risco, que envolvem inflamáveis, explosivos, eletricidade ou radiações.
Entre as demais cláusulas, o vale-refeição passou de R$ 8,20 por dia para R$ 8,50 - eles pediam R$ 12. "Não conseguimos avançar nesse ponto, mas vamos continuar lutando pela melhoria nos próximos anos", conta Neto.
A única cláusula da pauta que não obteve acordo foi a PLR - benefício ainda não conquistado pela categoria no Estado. "Os empresários alegam que não têm como comprovar lucro para assim oferecer uma participação. Nós também não, mas sabemos que, com a crescente venda de veículos, obviamente, os postos lucram mais, afinal, todos que possuem carro precisam abastecê-lo, independentemente do preço do combustível", enfatiza o representante sindical da região.
Neste ano, a campanha se voltou às cláusulas econômicas, já que as sociais foram firmadas em 2009 e têm validade por dois anos.
O acordo firmado ontem tem vigência por um ano e é válido a nível estadual - contemplando 17 sindicatos pertencentes à base.
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