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Ataques deixam região em alerta
Willian Novaes
Com AE
02/08/2010 | 07:38
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Policiais militares e civis do Grande ABC estão em alerta depois dos ataques do PCC (Primeiro Comando da Capital) ao tenente-coronel Paulo Telhada, da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar), e a um batalhão da corporação em São Paulo, entre a manhã de sábado e a madrugada de ontem. Delegacias e companhias da PM na região reforçaram a segurança das fachadas com carros, cavaletes de aço e movimentação intensa de viaturas.

Os policiais confirmaram ao Diário que receberam ordens do comando para ficarem em alerta. "Nós recebemos recomendações, mesmo sem ataques no Grande ABC. A gente nunca sabe onde isso vai dar. Estamos mais atentos a qualquer movimentação estranha, principalmente nas portas das delegacias", disse um investigador.

Frank Ligieri Sons, 33 anos, suspeito de integrar a facção criminosa, foi morto quando disparava contra o prédio do quartel da Rota, no centro de São Paulo.

Quinze horas antes, o comandante do batalhão, tenente-coronel Paulo Adriano Telhada, escapou ileso de um atentado à bala. A polícia ainda investiga a possibilidade de incêndios criminosos que destruíram 14 carros na madrugada de ontem, na Zona Leste da Capital, terem ligação com as novas ações da facção criminosa.

O governador Alberto Goldman (PSDB) afirmou hoje que "não existe nenhum perigo que possa colocar em risco a segurança do povo paulista". O Centro de Inteligência Policial da PM e três departamentos da Polícia Civil estão apurando os ataques.

Suspeita-se que façam parte de uma retaliação dos bandidos às ações da Rota que atingiram as finanças da liderança da facção, com a apreensão de armas, drogas e dinheiro e a prisão de homens da organização.

Por volta de 0h30 de ontem, um carro foi incendiado na Zona Leste. Mais dois ainda teriam sido incendiados em ruas da região. Por fim, 11 veículos apreendidos pela polícia foram queimados dentro de um pátio particular, por volta das 3h30.


Batalhões de bombeiros permanecem de sobreaviso


Os batalhões do Corpo de Bombeiros de São Paulo entraram em alerta ontem, após a onda de ataques na Capital neste fim de semana.

Segundo informações do Cobom (Centro de Operações dos Bombeiros), o pedido de alerta foi feito pelo Comandante do Corpo de Bombeiros de São Paulo, coronel da Polícia Militar Luiz Humberto Navarro.

As razões para que os batalhões fiquem de sobreaviso são os ataques sofridos pelo comandante da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar) no sábado e ao prédio da Rota, na madrugada de ontem, além dos 14 carros incendiados na Zona Leste de São Paulo.
De acordo com o Cobom, os batalhões vão reforçar a segurança, como ocorreu em todo o Estado em maio de 2006, quando diversos ataques foram atribuídos ao PCC (Primeiro Comando da Capital).

O bombeiro João Alberto da Costa foi morto em 13 de maio de 2006, durante a primeira onda de atentados. Ele foi baleado em frente ao batalhão onde trabalhava, em Santa Cecília, na Capital. Mais de 400 pessoas foram mortas a tiro no período dos ataques no Estado de São Paulo. (das Agências).




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