O governador do Texas, George W. Bush, tinha uma prerrogativa, mas rejeitou em concordar com um adiamento de 30 dias para a execuçao de Barnes, condenado em 91 e que aguardava no corredor da morte. A decisao do governador que é candidato a candidato a presidência pelo Partido Republicano deixou o caminho livre para a execuçao.

Barnes foi executado com uma injeçao letal, informaram oficialmente no gabinete do governador.

O condenado foi "transferido para uma cela especial, onde foi mantido "até a aplicaçao da injeçao letal. Antes pôde receber visitas "de sua família e de conselheiros espirituais", disse o porta-voz do departamento de Justiça do Texas, Glen Castlebury.

Os pedidos de clemência de múltiplas personalidades internacionais, incluindo o Papa Joao Paulo II e o presidente francês Jacques Chirac e uma lista com sete mil assinaturas nao conseguiram que o governador do Texas e aspirante à Casa Branca dos republicanos, George W. Bush nem a Corte Suprema detivessem a execuçao.

Condenado por numerosos assaltos e dois estupros, Barnes se encaixa perfeitamente no esquema de culpado. Negro e pobre, mal defendido em seu processo por um advogado, sem apelaçoes, sua defesa nao pôde enfrentar uma acusaçao frágil.

O condenado pediu antes de morrer que "a luta continue, principalmente para ajudar os doentes mentais que estao no corredor da morte, que nao recebem a ajuda que necessitam e que nao podem se expressar corretamente", agregou a porta-voz.

Com a ajuda da associaçao francesa "Luta pela Justiça", uma equipe de três advogados texanos retomou o expediente em 97 e iniciou um contra-ataque para provar, segundo eles, que as testemunhos de acusaçao mentiram e que as provas foram fabricadas. Inclusive obtiveram as testemunhas que se desculparam formalmente perante seu cliente.

Mas suas demandas de revisao de processo chocaram com o muro da Justiça texana, que se recusou a reexaminar o caso.

"Odell Barnes é um criminoso profissional, violento e sem remorso (...) que representa uma ameaça persistente, para nossa sociedade", afirmou recentemente, num memorando, o procurador do condado de Wichita Falls, Barry Macha.