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Rhodia cria fio inteligente na região
Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
10/09/2008 | 07:30
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A Rhodia do Brasil desenvolveu uma tecnologia inédita na área têxtil na unidade de Santo André, no Grande ABC, com investimento de cerca de um milhão de euros, que equivale hoje, em média, a R$ 2,5 milhões.

Durante três anos, profissionais da indústria trabalharam para elaborar um fio inteligente de poliamida com benefícios ao organismo, chamado Emana. A atividade deverá aquecer, até dezembro deste ano, em torno de 5% a demanda por mão-de-obra, prestação de serviços, fornecimento e manutenção de peças e insumos necessários para a produção. Isso representa uma movimentação de cerca de R$ 20 milhões na região.

O fio têxtil começou a ser desenvolvido para os Jogos Panamericanos do Rio de Janeiro em 2007, e a idéia era aplicar a nova tecnologia nas Olimpíadas de Pequim, mas o produto não ficou pronto a tempo. "Tudo foi realizado pela plataforma brasileira, que o elaborou com tecnologia exportável para todo o grupo Rhodia. Foi um grande desafio técnico", conta Elizabeth Haidar, gerente de marketing da Rhodia Poliamida Fibrase, na região.

Em contato com o corpo, o fio inteligente emite ondas infravermelhas e ativa a microcirculação mesmo com a pessoa parada. "Já foram comprovados dois benefícios com o uso de uma peça feita com o Emana: aumento da elasticidade da pele e, portanto, atraso do envelhecimento e diminuição de dores musculares", pontua Elizabeth. Para quem pratica exercícios físicos, o cansaço muscular é retardado e há melhora de desempenhado. Existem outros possíveis benefícios que a Rhodia está estudando com pesquisadores: redução da cólica menstrual, aceleração de cicatrização cirúrgica e redução da celulite.

A empresa iniciou a comercialização do Emana com quatro parceiros. São elas: Rosseti, Affiniti Berlan e Santa Constância, responsáveis pela produção das marcas Track & Field, Valisère, Hope e Salsa. O fio inteligente deve custar em torno de 70% a mais.

Segundo Elizabeth, a filial da multinacional francesa estima que no prazo de um ano e meio obtenha crescimento de 10% no faturamento, que hoje atinge 850 milhões de euros no Brasil - ou R$ 2 bilhões - e 42,5 milhões de euros - ou R$ 105 milhões - na unidade de Santo André.




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