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Novos condomínios-clube aliam segurança e lazer
Karla Machado
Do Diário OnLine
17/07/2008 | 09:48
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Já se foi o tempo em que moradores de apartamentos ficavam restritos a uma pequena área de lazer e tinham de recorrer a parques para se divertir. Hoje, os empreendimentos imobiliários dos bairros de classe média do Grande ABC oferecem uma infra-estrutura onde tudo está ao alcance da mão. São os chamados condomínios-clube, que aliam a segurança e a comodidade da vida em condomínio ao lazer de um clube.

Espaço gourmet, sauna, pista de cooper, academia, salão de beleza, brinquedoteca, hotel para pets, garage band (espécie de retiro equipado para o jovem juntar sua banda sem perturbar a vizinhança), e, em alguns casos, até cinema, integram a extensa lista das possibilidades oferecidas nas dependências dos imóveis modernos. Tudo isso, é claro, rodeado por uma não menos privilegiada área verde, o que proporciona uma fuga da estressante agitação do dia-a-dia.

E quanto ao apartamento? Bom, o espaço interno continua apertado. Eles possuem, em média, 70 m² e têm de 2 a 4 dormitórios. Mas é o custo-benefício que salta aos olhos no momento de decidir por um apartamento como este. "Proporcionalmente a tudo aquilo que é oferecido, o valor do condomínio é muito pequeno, porque é diluído por muita gente", sintetiza o presidente da Acigabc (Associação dos Construtores, Imobiliárias e Administradoras do Grande ABC), Milton Bigucci. Segundo ele, a prestação varia entre R$ 250 e R$ 400, valor considerado muito aquém do que uma família teria que desembolsar para contratar, separadamente, os serviços disponíveis no condomínio.

São justamente estas vantagens, de acordo com Bigucci, que fazem de jovens casais, famílias recém-constituídas e solteiros em busca do primeiro imóvel os principais compradores desses empreendimentos. "Quem é mais velho, geralmente busca sossego", sustenta.

A dona de casa Nídia Mara Monte Catino, 34 anos, mudou-se há apenas dois meses para um condomínio-clube na Vila Assunção, em Santo André, e desde então desfruta dos benefícios do local. "Já não preciso ficar saindo com a minha filha (de quatro anos). Faço tudo aqui dentro", relata. Por enquanto, dentre os diversos atrativos do condomínio, o playground é o mais freqüentado por Nídia. "A piscina ainda não deu para usar por conta do frio. Como a Manoela é pequena, ela gosta bastante de ficar nos brinquedos.", diz.

A pretensão de ter filhos foi o que impulsionou a professora de educação física Camila Alessandra Costa, 25 anos, a adquirir com o seu namorado um apartamento em um condomínio-clube na Vila Duzzi, em São Bernardo. "Se a gente não pensasse em construir uma família, não haveria necessidade de morar em um condomínio com tanta coisa", conta. Ela admite, no entanto, que a academia do condomínio, que será entregue em 2011, facilitará sua rotina. "Não vou mais precisar me locomover para treinar", planeja.

Tendência - Esse tipo de imóvel tem avançado sobre a região há cerca de dois anos e parece ter agradado os moradores do ABC. Segundo Milton Bigucci, o mercado imobiliário nunca esteve tão aquecido. "No primeiro quadrimestre de 2008 as vendas cresceram 44% em relação ao mesmo período do ano passado", assegura.

São Bernardo detém a maior parcela de apartamentos vendidos — somente neste ano, foram 1,6 mil unidades —, seguido por São Caetano (930) e Santo André (578).

O único empecilho para a continuidade desse tipo de empreendimento é a escassez de terrenos na região. "É uma tendência, a única dificuldade é encontrar terrenos grandes", observa Bigucci.




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