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Pierce Brosnan é ex-agente em 'O Homem de Novembro'
10/11/2014 | 10:00
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Divulgação


No original, é November Man/O Homem de Novembro, título que, aparentemente, não significa nada, de tal forma que, no Brasil, o novo Roger Donaldson ficou sendo Um Espião Nunca Morre. Mais do que entregar o ouro, antecipando o desfecho, o filme em cartaz pega carona na persona do ator Pierce Brosnan. Afinal, ele foi, e será sempre, 007 no imaginário do público. E é como um velho James Bond que Brosnan volta à ativa. O filme é sobre um ex-agente que se aposentou depois de uma operação malsucedida - ele treinava um jovem espião e uma garota foi morta durante um tiroteio. Nosso homem aceita ajudar uma amiga com problemas na Rússia.

É curioso como, no pós-comunismo, a Rússia do czar Putin continua sendo a 'inimiga' para as fantasias de Hollywood. Tom Cruise, Bruce Willis, todos têm passado maus momentos em Moscou e adjacências. No caso de Brosnan - há uma explicação para o fato de ele ser o 'November Man' -, a agente infiltrada que ele tenta resgatar é sua ex. Com isso, é todo um passado que volta e há o adicional de que o jogo (duplo) de reviravoltas e traições envolve o jovem agente que Brosnan treina no começo, na tal operação malsucedida.

Nada é o que parece ser, e a única coisa certa é que a Rússia de Vladimir Putin é uma terra de ninguém onde surge esse general com planos de governar o país (e dominar o mundo). Para complicar, a própria CIA tem seu papel no jogo duplo e isso lança o agente - que se chama Devereaux, um nome francês - contra o sistema que o criou. O resultado não chega a ser especial e até parece uma súmula do que deve ser uma narrativa de espionagem, com surpresas e descobertas que remetem a um sem-número de filmes do gênero.

O que pode fazer a diferença é o elenco, com Brosnan, o ex-007, e Olga Kurylenko, a mais interessante das bondgirls recentes (em aventura com Daniel Craig). Mas o próprio diretor Donaldson não deixa de constituir num (bom) atrativo. Diretor australiano emigrado para Hollywood, ele fez carreira no cinema descartável, mas deixou impressa sua marca em filmes que ficaram - Coquetel (com Tom Cruise), Marie (com Sissy Spacek), Sem Saída (com Kevin Costner) e o melhor de todos, 13 Dias Que Abalaram o Mundo (com Costner, de novo). Donaldson é fixado em conspirações que envolvem a URSS, mesmo no mundo pós-guerra fria.




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