Todos os policiais militares das companhias do Grande ABC são contemplados atualmente com a bonificação oferecida pelo programa da SSP (Secretaria de Segurança Pública) São Paulo Contra o Crime. O bônus é dado aos agentes da região que conseguirem reduzir os índices criminais.

Para definição da meta que deverá ser atingida em cada companhia, são realizados encontros mensais. “Nos reunimos com as polícias Civil e Técnico-Centífica e verificamos os indicadores criminais. A partir disso, definimos ações sobre o que vamos fazer no trimestre e diariamente vamos verificando se estão dando certo. Temos um percentual dentro dessas metas para atingir e, só assim, conseguir a bonificação”, explicou a comandante da Polícia Militar no Grande ABC, coronel Claúdia Rigon.

Para avaliação do bônus, são utilizadas classificações. Se a meta estabelecida for alcançada, todos os policiais recebem o valor estabelecido. Quando o resultado fica perto do objetivo, recebe-se valor proporcional. Por último, se a meta não for alcançada ou se o percentual aumentar, o bônus não é enviado.

“Se não conseguir chegar na meta, mas se isso quase acontecer, o sinal é amarelo, porque indica que ficou próximo. Dessa forma, eles recebem um valor, mas não o combinado inicialmente, já que a meta não foi alcançada”, explicou o capitão Vlamir Luz Machado, responsável pela divisão operacional da região.

São levadas em conta ocorrências de latrocínio (roubo seguido de morte) e roubos e furtos de veículos. Já o cálculo realizado para o programa de bonificação, que determina o valor a ser recebido, fica a cargo de instituto especializado mantido sob sigilo. O valor varia entre R$ 900 e R$ 3.000.

Toda ocorrência que termina com a morte de um dos envolvidos tem desconto no valor do bônus. “Quando há morte do infrator, o valor final do bônus recebido pelos policiais sofre desconto. Isso é muito positivo porque induz o profissional a trabalhar ainda mais com a técnica e ter a consciência de que a morte só acontece em casos extremamente necessários”, disse o capitão.

De acordo com a coronel, a bonificação auxilia o trabalho policial. “Serve para motivação pessoal e também como incentivo. Isso vem de acordo com a proposta de meritocracia, porque dentro do funcionalismo público fica difícil mensurar a eficiência, e o bônus premia efetivamente aqueles que merecem”, afirmou.

Batalhão de Diadema é o quarto melhor do Estado

Os policiais que trabalham no 24º Batalhão da Polícia Militar, responsável pelo município de Diadema, receberam bonificação de R$ 4.500. Isso porque ele foi considerado o quarto melhor batalhão do Estado e o segundo da Região Metropolitana. Os dez melhores receberam bonificação mais alta (de R$ 3.000), mais R$ 1.500 por integrar o ranking.

Segundo o tenente-coronel Marcel Lacerda Soffner, responsável pelo batalhão, as operações realizadas diariamente contribuem para a colocação. “Temos a Operação Presença, que destaca viaturas especialmente para o policiamento nas ruas. A Operação Cavalo de Aço tem foco nas motos irregulares e a Operação Foco concentra a Força Tática de acordo com os índices criminais.”
Além disso, ele também destaca o trabalho de pertencimento. “Os policiais têm orgulho de servir toda a população de Diadema.”