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Presidente terá anos difíceis à frente

Após testemunharmos a eleição mais acirrada desde a redemocratização, Dilma Rousseff não terá vida fácil nos próximos anos

Do Diário do Grande ABC
04/11/2014 | 08:55
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Artigo

Após testemunharmos a eleição mais acirrada desde a redemocratização, Dilma Rousseff não terá vida fácil nos próximos anos. Apesar da derrota nas urnas, a oposição saiu fortalecida e promete ser contundente nas cobranças para que as promessas de campanha da candidata não caiam no esquecimento. Mesmo com a negativa por parte da presidente, o resultado das urnas mostra que o País ficou, sim, dividido politicamente. Agora, a responsabilidade de dar outro rumo às relações políticas cabe ao partido que está no poder. Portanto, ela precisará trabalhar muito para recosturar alianças e fazer governo de unidade, fundamental para que as mudanças necessárias sejam efetivamente aprovadas no Congresso Nacional.

Além de unir o País após a disputa eleitoral, está entre os principais desafios da presidente nos próximos anos enfrentar a crise econômica. Assim como o crescimento econômico, outra tarefa urgente nesse campo é o controle da inflação. Também são missões primordiais da presidente as reformas política e tributária, essenciais para a retomada do crescimento. Tudo isso deverá ocorrer diante de Congresso ainda mais fragmentado, com escandaloso número de partidos! O Brasil está preso a estruturas ultrapassadas, por isso temos crescimento econômico muito abaixo do desejável. É preciso modernizar o modelo político adotado no País. Em alguns temas, que certamente irão gerar discussões acaloradas e polêmicas, será necessária a consulta popular para que o Congresso tenha coragem de tomar as decisões de que o País precisa. Nossos representantes têm que ocupar a dianteira e discutir as reformas em profundidades. E, depois, se for o caso, solicitar o referendo da sociedade.

É obrigação da presidente fazer segundo mandato melhor do que o primeiro, cumprindo propostas apresentadas na campanha nas áreas da Saúde, Educação e Segurança, ampliando vagas e melhorando a qualidade dos serviços. Também será preciso tomar medidas de redução de gastos, entre as quais está a diminuição do excessivo número de ministérios. Outro desafio é a conclusão de projetos tão divulgados, onde já foram investidos milhões de reais e que ainda não saíram do papel. Por fim, porém não menos importante, urge que sejam apurados, devidamente julgados e esclarecidos, os escândalos e casos de corrupção envolvendo o alto escalão da política nacional. Punindo exemplarmente aqueles que estiverem comprovadamente envolvidos.

Enfim, a presidente que se prepare, pois há muito que se fazer e a fiscalização será feroz. Noutro giro, concretizar as mudanças primordiais para o crescimento do País desagradará o interesse de muita gente.

Raimundo Hermes Barbosa é presidente da Fadesp (Federação das Associações dos Advogados do Estado de São Paulo).

Palavra do leitor

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Parabenizo este Diário pela coluna do fantástico Carlos Brickmann (Política, dia 2). Abraços a todos.
Ulysses D’Angelo Conatti
Santo André

Museu
O Museu do Trabalho e do Trabalhador, em São Bernardo, está praticamente abandonado. Tantos milhões aplicados em obra que não trará nenhum benefício à cidade. O total investido poderia e deveria ser utilizado em áreas da Saúde, Segurança, Habitação etc. Tanto há a ser feito, mas a atual administração se preocupa somente com as aparências. É como jogar a sujeira para debaixo do tapete. Por cima, ordem, limpeza. Por baixo, a realidade nua, crua e suja.
Kioko Sakata
São Bernardo

Deu bolo
Parece que alguns vereadores do PT não entenderam o recado das urnas em nossa região na última eleição e continuam a se comportar como se a Câmara municipal fosse palco circense. O munícipe andreense espera atitude mais contundente da oposição quanto à apuração da falta de decoro parlamentar por parte desses baderneiros que se denominam ‘representantes do povo’.
Vanderlei A. Retondo
Santo André

Candidato
O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC esclarece que a informação de que o secretário-geral da entidade, Wagner Santana, seria candidato a vereador na próxima eleição não procede (Política, dia 31). Santana não será candidato a vereador.
Sindicato dos Metalúrgicos do ABC

Nota da Redação: O Diário mantém as informações.

Já passaram
As eleições passaram. Aos perdedores só resta a desilusão, mas também o alívio de não precisarem pensar em explicar o não cumprimento das muitas promessas feitas aos eleitores durante a campanha. Os vencedores sim, estes desde já devem pensar como fazer para aqueles que acreditaram em suas inúmeras promessas, das quais, em grande parte, dificilmente poderão ser concretizadas. É inadmissível como usam e abusam da boa-fé do povo que, cada vez mais necessitado, se apega a qualquer promessa que vislumbre um fio de esperança. O regime democrático, entre todos é o menos ruim. O candidato tem a liberdade de falar e prometer aos eleitores o que bem lhe apraz, sem que essa atitude lhe cause mal algum, mesmo que abuse a seu bel-prazer das condições da falta de cultura de grande parcela do povo brasileiro. Na democracia é assim: o sábio só consegue chegar ao poder fingindo valorizar o leigo para conquistar o seu voto, depois, quando no poder, simplesmente, esquece de que o tenha valorizado.
Américo Del Corto
Ribeirão Pires

Desperdício
Não acreditei no que via dia 31, à noite! Por volta de 23h50, ao passar com a minha família em frente ao Conselho Tutelar de Mauá, vi muita água escorrendo. Era uma torneira aberta, com mangueira jorrando água. A luz do primeiro andar estava acesa, mas ninguém atendeu. Ainda indignado com o descaso, porque o serviço só iria retomar na segunda-feira, de casa, a cinco minutos do local, tentei ligar no conselho, mas não havia ninguém. Procurei no site da Prefeitura telefone em que pudesse encontrar alguém, mas nada funciona na cidade. Quando finalmente consegui falar com a Guarda Civil Municipal, um guarda atendeu-me, falou que acionaria o conselheiro de plantão e que mandaria viatura para checar. Esse é mais um descaso da Prefeitura, que mesmo sabendo da falta de água que estamos passando e que o serviço só retornaria na segunda-feira, nada fez. Parabenizo o eficiente guarda-civil Thiago, que prontamente resolveu a situação.
Raimundo Armando Mazarim Vieira
Mauá

Todos irmãos
Como não bastasse tanta displicência nas mídias politiqueiras e subservientes que burlam a sociedade com sentimento análogo ao marxismo-leninismo macabro e intolerante, regado a preconceitos múltiplos, começaram a utilizar nossos nordestinos como marionetes. Todos os preconceitos deveriam receber de nossa Justiça a sigla de hediondo crime e sem recursos ou brechas jurídicas. São Paulo, Rio de Janeiro, Minas, Rio Grande do Sul e outros centros industriais e comerciais do Brasil não teriam a representatividade que hoje possuem não fossem nossos irmãos nordestinos. Não ganhamos nem perdemos as eleições. As urnas nos deram o resultado da democracia, ainda que com muito por fazer. E quem não reconhece a grandeza do nordestino não merece viver nessa Pátria amada Brasil!
Cecél Garcia
Santo André  




Comentários

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