A CDHU (Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano) justificou a não inclusão da família de Marinalva dos Santos da Silva, 52 anos, em programas de moradia. No domingo, o Diário mostrou o caso da diarista que, junto com outras sete pessoas, mora em alojamento na Rua dos Dominicanos, no Jardim Santo André, em Santo André, desde de 2010.

Em nota, a CDHU explica que a família já foi atendida com unidade habitacional da companhia em 1999. Mas, por motivos desconhecidos, voltou a viver em área de risco. Portanto, não poderá ser novamente contemplada, conforme as regras do programa do governo do Estado de São Paulo.

Sobre a retirada da família quando morava na área de risco, a CDHU afirma que, na ocasião da remoção, em 2010, todos os envolvidos na intervenção foram informados, por meio de reuniões e nota de esclarecimento distribuída à população, de que mutuários e ex-mutuários do programa não teriam direito ao atendimento habitacional. Ainda de acordo com a CDHU, o caso de Marinalva foi encaminhado para a Prefeitura de Santo André, que ficou responsável pelo acompanhamento social dos mais vulneráveis, visando a total desocupação dos alojamentos.

A companhia diz ainda que atende cerca de 500 famílias, removidas a partir deste mês para abrir espaço para urbanização e implantação de equipamentos sociais. Elas são beneficiadas por unidades do empreendimento Santo André G e com cartas de crédito, no valor de R$ 150 mil, para a compra de imóvel no mercado. Outras 97 vivem em alojamentos mantidos pela Prefeitura de Santo André. Dessas, 37 vão receber auxílio-moradia até comprar o imóvel com a carta de crédito e 23 optaram por receber auxílio-moradia e aguardar atendimento futuro em unidades habitacionais da CDHU.

A CDHU já entregou 3.031 moradias no Jardim Santo André e realizou a urbanização de 980 lotes. A companhia projeta mais 2.600 unidades para o local, sendo que 194 serão entregues neste mês e outras 40 previstas para maio de 2015.