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Volta ao mundo tecnológico
Luís Felipe Soares
Do Diário do Grande ABC
17/12/2010 | 09:11
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No ano de 1982, o mundo se maravilhava pelo drama de um simpático alienígena que precisa voltar para casa. Todas as atenções estavam voltadas para E.T. - O Extraterrestre, mas a temporada também abrigava Tron - Uma Odisséia Eletrônica, de Steven Lisberger. Mesmo sem badalação, o longa-metragem dava os primeiros passos a uma tecnologia que seria inevitável no século 21.

Quase três décadas depois, o universo eletrônico dos computadores volta à tona com Tron - O Legado, que chega hoje aos cinemas brasileiros e com 13 cópias exibidas no Grande ABC. Uma das produções mais aguardadas do ano, o filme brinca com o futuro e aposta no apelo visual para atrair uma geração já acostumada com o avanço tecnológico.

O primeiro Tron da década de 1980 não foi um grande sucesso de bilheteria. Com o passar dos anos, o filme foi ganhando popularidade entre os geeks e atualmente é citado com aspecto de cult. Mesmo hoje em dia, é difícil encontrar pessoas que já tenham assistido a aventura científica, mas muitos reconhecem algumas de suas características, principalmente os efeitos especiais.

A Disney - estúdio responsável por investir valor estimado em US$ 200 milhões no projeto - compreende o obstáculo e conta uma história que consegue se desenvolver sem a necessidade de se ter contato com a obra original. Outra cartada da ‘Casa do Mickey' foi chamar a dupla francesa Daft Punk para compor a trilha sonora futurista.

O diretor Joseph Kosinski estreia no cinema ao retomar a trajetória de Kevin Flynn (Jeff Bridges), gênio da informática que desaparece misteriosamente. Após 25 anos, seu filho Sam Flynn (Garrett Hedlund) investiga o caso e uma mensagem do patriarca faz com que o rapaz encontre o jogo Tron, o mais ousado projeto de seu pai. Ao acionar uma estranha câmara secreta, ele acaba sendo transportado para um universo eletrônico habitado por programas de computador no qual Kevin vive.

O conflito entre o real e o virtual é constante. O grande exemplo deste embate são as curiosas corridas de moto. Não veículos comuns, mas sim motocicletas totalmente digitais com luzes coloridas que logo se tornaram símbolos de Tron - O Legado.

Outro destaque fica por conta de Jeff Bridges conseguir contracenar com uma versão quase 30 anos mais nova de si mesmo. Ao mesmo tempo em que vive Kevin Flynn, ele também interpreta CLU, programa de computador que almeja invadir o mundo real.

A ideia de rejuvenescer Bridges foi essencial para que a Disney aprovasse a sequência. Um encontro entre Flynn e CLU foi apresentado ao público na feira de entretenimento Comic-Con de 2008 para que o estúdio pudesse sentir se os fãs ainda queriam novas aventuras de Tron. A resposta positiva não poderia ser melhor e agora ficam no aguardo do retorno da bilheteria. Elementos para um novo blockbuster não faltam ao filme.




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