Quando meteu o nariz no western, o chinês Jackie Chan fez o seu melhor na América com Bater ou Correr. Não eram novidades as macaquices marciais do astro de Arrebentando em Nova York, mas o bom humor de desafiar a sisudez de um gênero tão estimado nos Estados Unidos foi a compensação. Agora, O Terno de 2 Bilhões de Dólares (The Tuxedo, EUA, 2002) é garoa na lagoa. Dirigido por Kevin Donovan, dá de farrear com os agentes secretos, com Ian Fleming e congêneres. Dá em (quase) nada a fita que está em cartaz em cinco salas da região.

Chan interpreta um motorista de táxi contratado para trabalhar como chofer de um espião boa-praça. O dito cujo entra em coma e o motorista assume o seu lugar. Igual a James Bond só o vilão, uma variante de Goldfinger que planeja contaminar toda a água potável dos Estados Unidos. Não terá à mão o Aston Martin e as quinquilharias que o cientista Q depõe a 007. Terá, isso sim, um terno com poderes especiais. É explícita a troça sobre o hábito que faz o monge e blablablás do tipo. Se é para rir de paródias sobre o serviço secreto (o de vossa majestade ou não), prefira True Lies, bela dobradinha James Cameron/Arnold Schwarzenegger.