O cantor, também maranhense, afirmou que fez questao de grafar o nome do álbum segundo a pronúncia das palavras, deixando de lado a forma registrada nos dicionários (seria vou embolar, referindo-se ao ritmo da embolada).  Segundo Zeca, o disco apresenta um material mais diversificado do que o de seu trabalho anterior (sua estréia em CD), Por onde andará Stephen Fry?. "Vô imbolá é um álbum mais dançante, que traz experiências com música eletrônica, mas sem fugir do meu perfil como artista. Nao posso e nem quero sair por aí tentando fazer drum and bass como se fosse um londrino", comentou.  Um destaque do disco sao as participaçoes especiais.

Zeca canta ao lado de nomes como o xará Zeca Pagodinho, Rita Ribeiro, Zé Ramalho e da banda de rap e hardcore Faces do Subúrbio. "Há também uma parceria com o grupo maranhense Boi de Axixá. Nessa música, que se chama Boi de haxixe, eu faço um trabalho na linha do que realizei no PercPan, com minhas raízes", lembrou o cantor.  Entre as cançoes do disco, Zeca destaca ainda Samba do approach, que ele escreveu como uma crítica contra a invasao do idioma inglês no vocabulário dos brasileiros. "Se você disser para as coreiras do Tambor de Crioula que elas vao participar de um workshop, elas nao saberao o que isso significa, e nem sao obrigadas a saber. Vamos falar oficina, vamos ser o que somos", reforçou.   

Animado com o desempenho de seu disco anterior, que vendeu 70 mil cópias, Zeca vê o lançamento de Vô imbolá como uma nova vitória em sua carreira, que, depois de dez anos no circuito alternativo, vem ganhando força. "Meu trabalho é feito com cuidado, e fico feliz quando as pessoas apreciam o resultado dessa preocupaçao. Música popular virou sinônimo de lixo, por causa de porcarias como É o Tchan. Isso é inaceitável", encerrou. - VWh